Tarifas públicas acumulam deflação na capital paranaense

As tarifas públicas encerraram o mês de julho com alta de 0,32% em Curitiba – o quarto aumento consecutivo. Com este resultado, os preços administrados por contrato ou monitorados acumulam nos últimos 12 meses aumento de 0,17%. Já o acumulado no ano (janeiro a julho) segue com variação negativa de 0,11%. Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, regional Paraná (Dieese-PR), em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR).  

Em julho, a gasolina foi o item que mais pressionou a cesta de tarifas públicas, com aumento de 2,85% – o preço médio do litro da gasolina comum passou de R$ 2,312, em junho, para R$ 2,378 no mês passado. Segundo o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, a alta se deve à maior margem de lucro dos revendedores de combustíveis, passando de quase R$ 0,20, em junho, para R$ 0,30, em julho, o litro vendido. Em termos percentuais, passou de 9,31% para 14,49% em um mês.

A alta do preço da gasolina em Curitiba foi a segunda maior do País, entre 16 capitais pesquisadas pelo Dieese – a maior (4,06%) foi verificada em Salvador (BA). Treze capitais apresentaram queda no preço do combustível, com destaque para Recife, onde a gasolina ficou 6,83% mais barata. Apesar do aumento, Curitiba apresentou em julho a segunda gasolina mais barata do País, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), onde o preço médio era R$ 2,33.

Outros itens que registraram aumento, em julho, em Curitiba foram álcool combustível (0,30%) e gás de cozinha (0,33%). A assinatura do telefone fixo da Brasil Telecom também ficou mais cara a partir de 20 de julho, passando de R$ 39,53 para R$ 40,37: alta de 2,12%. Como o reajuste começou a valer só no final do mês passado, o impacto sobre a inflação de julho foi de apenas 0,82%.

No sentido contrário, o transporte coletivo apresentou queda de 0,57% em julho – por conta da tarifa domingueira, de R$ 1,00 – e o óleo diesel teve pequena redução de 0,17%. No mês passado, também houve queda de 1,02% no preço da energia elétrica, resíduo da redução ocorrida no dia 24 de junho.

Agosto

Para agosto, a previsão é que a cesta de tarifas públicas tenha aumento ainda mais expressivo: de 1,03%. Entre os itens que vão pressionar a inflação estão o transporte coletivo, com alta de 0,82%, telefone (0,65%), gás de cozinha (0,03%) e gasolina (3,66%). Em Curitiba, o litro da gasolina está subindo há um mês, fechando a semana passada com preço médio de R$ 2,465. ?A gasolina segue em patamar elevado, mas pode ser que ao longo do mês os preços dos combustíveis caiam?, apontou Silva. 

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