No Paraná

Setor de motos tem 2ª menor taxa de crescimento do país

O crescimento do setor de motos no Paraná no período acumulado de 1998 a 2014 foi de 460,33%, um dos mais baixos do Brasil. O estado ficou à frente apenas do Rio Grande do Sul, que registrou alta de 373%.

Enquanto isso, no Nordeste e Norte do país o crescimento médio de motos neste mesmo período registra números superiores a 2.000%. No Amapá, primeira da lista, a alta foi de 13.602,80%.

Contudo, nos estados onde o crescimento é elevado, o número de motos ainda é pequeno. No Amapá, por exemplo, a frota circulante é de pouco mais de 63 mil motos, enquanto que no Paraná é de 1.300.207. No último ano, o Paraná ganhou 31.114 motocicletas.

Os índices, divulgados pela Abraciclo em setembro deste ano, revelam o Paraná um estado maduro em seu setor de motos.  Outro fato que confirma esta realidade é que os novos motociclistas e os que já estão na estrada a um bom tempo no estado do Paraná são os mais conscientes e preocupados com a segurança no trânsito do país. É o que revela a Laquila Peças e Acessórios, maior distribuidora de peças e acessórios do país. O termômetro está nas vendas de itens de proteção: no último ano foram vendidos no país 400 milhões em itens de segurança para motociclistas, sendo 20% só no Paraná. E a alta projetada para 2015 é de 30%, de acordo com Charlles dos Reis, gerente comercial da Laquila.

O último relatório do chamado “Mapa da Violência”, produzido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos no final de 2013, aponta que os índices de acidentes fatais envolvendo motociclistas foram maiores nas regiões que apresentaram maior crescimento da frota. O Paraná fica em vigéssimo primeiro nesta lista. “Podemos dizer que o perfil do motociclista mudou muito nos últimos anos em todo o país e principalmente aqui no sul. Antes ele comprava somente capa de chuva e capacete. Hoje, ele já pensa mais na proteção e investe em acessórios que protegem na hora da queda e evitam implicações na pele, como queimaduras”, afirma Charlles. Segundo ele, cerca de 35% das sequelas ocasionadas por acidentes com motos são evitados com o uso de equipamentos como calças e jaquetas especiais, além de luvas e botas.