Serasa aponta que demanda por crédito cai 1,1% em janeiro

Após dois meses consecutivos de alta provocada pelas festas de final de ano e pelo ingresso do 13º salário na economia, a quantidade de pessoas que procurou crédito em janeiro caiu 1,1% no País, ante dezembro, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito.

Em relação a janeiro de 2009, a demanda avançou 14% por conta da base reduzida de comparação, pois no primeiro trimestre do ano passado o mercado de crédito esteve muito retraído, com a confiança dos consumidores em baixa.

De acordo com a Serasa, o efeito da base mais fraca de comparação, proporcionando variações anuais elevadas, vai ser atenuado a partir do segundo trimestre.

Com exceção da faixa de renda pessoal mensal compreendida entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, cuja demanda por crédito cresceu 0,4% em janeiro, todas as demais faixas de rendimento apresentaram queda no mês passado.

O recuo mais acentuado ocorreu nas camadas de menor rendimento. A retração foi de 1% entre os consumidores cuja renda pessoal mensal é de até R$ 500 e de 3,1% entre os de renda mensal de R$ 500 a R$ 1 mil.

No outro extremo, as variações ocorridas em janeiro foram de -0,6% (consumidores com rendimento mensal entre R$ 2 mil e R$ 5 mil) e de -0,5% (renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil e acima de R$ 10 mil por mês).

Na comparação anual, a demanda por crédito na baixa renda (consumidores com rendimento mensal de até R$ 500,00) registrou alta de 1,9%. Foi a primeira variação positiva, neste critério de comparação, desde novembro de 2008. Foram 13 meses consecutivos de variações anuais negativas (entre dezembro de 2008 e dezembro 2009).

As Regiões Norte e Nordeste do País, com variações de -7,9% e -4,8%, foram os destaques da queda na procura por crédito em janeiro de 2010, ante dezembro. Também houve retração dos consumidores da Região Sul no mês passado (queda de 2,5% frente a dezembro).

Apenas o Sudeste (alta de 1%) e o Centro-Oeste (alta de 0,7%) registraram crescimento. Na comparação anual, em todas as regiões brasileiras o crescimento da procura por crédito por parte dos consumidores não foi menor do que 10%, oscilando de 10% (Norte) a 15,6% (Centro-Oeste).