As negociações em torno do reajuste do piso regional do Paraná terão mais um capítulo na próxima semana, no dia 16, em uma reunião do Conselho Estadual do Trabalho, na Assembléia Legislativa do Paraná. A intenção do secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Luiz Claudio Romanelli, é tirar desse encontro os pilares da política salarial a ser implementada pelo governador Beto Richa.
Um dos caminhos apontados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) é o de atrelar a evolução do mínimo regional à correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), garantindo anualmente o poder de compra dos assalariados.
“Nosso objetivo com toda a articulação é construir uma proposta tripartida e permanente entre governo, trabalhadores e patrões, tanto que já fizemos reuniões com as centrais sindicais e as entidades patronais. Uma coisa está clara nisso tudo: ao contrário do que fez o governo federal, iremos dar continuidade a esse ganho conquistado pela sociedade de recuperar o poder de compra do salário mínimo”, assegurou o secretário nesta terça-feira (1), em entrevista a O Estado.
Segundo Romanelli, “outro objetivo é dar efetividade ao mínimo regional, ou seja, fazer valer que o valor acordado seja o piso pago a qualquer trabalhador no Estado, visto que, hoje, isso ainda não é integralmente verdadeiro, relegando ao mínimo regional o papel de indexador de classes com acordos coletivos de trabalho”.
As centrais sindicais reivincidam um reajuste de 14,34%, correspondente à inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto.