Produtores e governo querem certificar a soja

Os produtores de soja convencional das regiões de Guarapuava, Cascavel e Londrina estão satisfeitos com a sanção da lei que proíbe o cultivo e a comercialização de produtos transgênicos. Eles esperam agora a certificação da soja para que o produto seja valorizado no mercado. A solicitação dos produtores tem o apoio do governador Roberto Requião, que defende a criação de um selo comprovando a qualidade do produto paranaense, o Selo Paraná. Uma comitiva está na França estudando os desafios e perspectivas para a certificação dos produtos não-transgênicos rastreados pelo Estado.

A comitiva, liderada pelo diretor-geral da Secretaria de Agricultura, Newton Pohl Ribas, e pelo diretor de certificação do Tecpar, Júlio César Félix, foi à França a pedido de Requião buscar informações no Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica da França (Inra), que trabalha no desenvolvimento de selos de qualidade para diferenciação de produtos há mais de 40 anos. A decisão de buscar certificação para a soja paranaense foi comemorada por produtores.

Certificação

A equipe que está na França busca harmonizar os critérios de certificação desenvolvidos pelo Tecpar – Instituto de Tecnologia do Paraná – aos padrões da legislação francesa a fim de assegurar a aceitação da soja não-transgênica naquele mercado. O Brasil ainda não dispõe de um regulamento nacional para a certificação da soja.

O Tecpar já desenvolveu seus próprios critérios para a certificação da soja. Todo o processo é rigorosamente monitorado, desde as sementes antes do plantio até o produto já beneficiado. O engenheiro agrônomo Rodrigo Rocha Latado, responsável pela certificação da soja no Tecpar, explica que as sementes, a planta no campo e os grãos já colhidos são testados para assegurar que não se trata de organismos geneticamente modificados.

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