Produção industrial do Paraná perdeu dinamismo

A produção industrial do Paraná registrou um crescimento de 0,2% em agosto comparado ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a taxa ficou em 2,9% e no acumulado dos últimos doze meses, 4,7%. No restante do País, houve queda em sete das doze regiões pesquisadas. A média do desempenho nacional foi de -1,8%, conforme divulgação feita ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O incremento registrado pela indústria paranaense em agosto foi positivo (0,2%), porém abaixo do obtido até julho (5,1%). Essa perda de dinamismo foi acompanhada por treze setores industriais, sendo mais intensa em vestuário e calçados, que passou de um crescimento de 24,2% em julho para uma queda de 8,4% em agosto.

O índice de 0,2% reflete os resultados positivos alcançados por oito dos dezenove setores e foi sustentado, sobretudo, pelos desempenhos de material de transporte (51,0%), mecânica (21,8%) e alimentares (3,7%). Os produtos responsáveis pela performance desses setores foram, respectivamente, caminhões pesados, colhedeiras agrícolas e café solúvel.

Pressionando negativamente a taxa global figuram a química (-9,0%) e a indústria de minerais não metálicos (-16,9%), com os itens fungicidas e herbicidas e cimento comum.

Acumulado

No acumulado janeiro-agosto (2,9%), onze gêneros investigados apresentam crescimento, sendo que a principal influência continua vindo da indústria mecânica (17,9%), mostrando expansão na produção de colhedeiras agrícolas, confirmando mais uma vez a articulação do Estado com os investimentos relacionados à agroindústria. Respondendo pelas contribuições negativas mais significativas figuram papel e papelão (-4,9%) e produtos de matérias plásticas (-18,0%), devido a redução na fabricação de papel jornal e mangueiras, canos e tubos de plásticos.

Segundo o indicador acumulado nos últimos doze meses, a indústria paranaense revela certa estabilidade das taxas de crescimento, registrando 4,7% até agosto contra 5,0% até julho e 4,4% até junho. A mecânica (18,4%), exibindo aumento em colhedeiras agrícolas, e produtos alimentares (3,4%), devido a maior produção de café solúvel, foram as contribuições mais relevantes para o crescimento de 4,7% deste mês.

País

Os índices regionais da produção industrial apresentaram, em agosto, resultados negativos em sete dos doze locais pesquisados pelo IBGE, no confronto com igual mês de 2002. Entre as sete áreas com resultados negativos, a indústria do Rio Grande do Sul (-0,7%) foi a única a registrar desempenho acima do obtido em nível nacional (-1,8%), vindo a seguir: Ceará (-1,9%), região Sul (-2,5%), Rio de Janeiro (-4,6%), Santa Catarina (-6,5%), Nordeste (-6,9%) e Bahia (-11,4%).

A indústria do Espírito Santo, com crescimento de 11,6%, manteve a liderança do desempenho regional, apoiada no contínuo aumento da extração de petróleo. Com taxas positivas nesse indicador figuraram ainda Pernambuco (6,7%), São Paulo (1,0%), Paraná (0,2%) e Minas Gerais (0,1%).

No indicador acumulado para o período janeiro-agosto, que em nível nacional apresentou queda de 0,5%, foi possível verificar a influência das exportações, da agroindústria e da extração de petróleo sobre a dinâmica do setor industrial em 2003. De forma geral, foram as áreas onde há uma importância maior desses fatores que exibiram os índices acima da média nacional nos primeiros oito meses do ano: Espírito Santo (17,3%), Paraná (2,9%), Rio Grande do Sul (1,9%), região Sul (0,6%) e Bahia (0,2%).

Entre as áreas com índices negativos, Rio de Janeiro (-0,4%) e São Paulo (-0,8%) apresentaram resultados bem próximos à média nacional. Em Santa Catarina (-3,8%), Nordeste (-2,1%), Ceará (-2,2%), Pernambuco (-2,0%) e Minas Gerais (-1,7%), as reduções foram mais significativas.

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