Produção industrial cresceu 1,7%

A produção industrial do Paraná cresceu 1,7% em setembro, comparado ao mesmo mês do ano passado. Ao contrário dos meses anteriores, em que o Estado se destacava entre as maiores altas, o desempenho da indústria local ficou abaixo da média nacional de 4,2%. O resultado da produção brasileira – divulgado ontem pelo IBGE – refletiu incremento em onze das doze regiões pesquisadas. Somente o Rio de Janeiro apresentou queda em setembro (-3,4%).

Com variação superior à taxa nacional, aparecem: Espírito Santo (16,2%), Pernambuco(15,3%), Bahia (9,2%), Rio Grande do Sul (8,4%), São Paulo (5,7%) e Região Nordeste (5,6%). Com resultado inferior, ficaram: Região Sul (3,8%), Minas Gerais(2,6%), Santa Catarina (1,8%), Paraná (1,7%) e Ceará (1,4%).

O avanço de 1,7% registrado pela indústria paranaense em setembro atingiu nove dos dezenove setores pesquisados. As maiores contribuições positivas vieram de mecânica (21,6%) e madeira (14,7%), influenciados pelo aumento na produção de refrigeradores e colheitadeiras agrícolas e madeira serrada. De acordo com o IBGE, a pressão negativa na taxa global veio de minerais não metálicos (-12,3%) e papel e papelão (-8,0%), com os itens cimento comum e papel jornal exercendo os principais impactos.

No terceiro trimestre, a produção da indústria paranaense teve elevação de 2,3%. Os ramos que mais influenciaram positivamente foram: mecânica (26,7%), material de transporte (17,5%) e produtos alimentares (2,7%). Nesses setores, os principais itens destacados foram colhedeiras agrícolas, caminhões pesados e café solúvel, “confirmando mais uma vez, a articulação da indústria local com os investimentos relacionados à agroindústria e o dinamismo das suas exportações”, aponta a análise do IBGE.

No acumulado de janeiro a setembro, a produção industrial do Paraná teve acréscimo de 2,8%, com crescimento em onze gêneros. A principal influência continua vindo da indústria mecânica (18,3%), mostrando expansão na produção de colheitadeiras agrícolas. Os principais destaques negativos foram: minerais não metálicos (-4,8%), papel e papelão (-5,2%) e produtos de matérias plásticas (-17,8%), devido a redução na fabricação de cimento, papel jornal e mangueiras, canos e tubos de plásticos. O índice paranaense no ano ficou bem acima da média do País (0,1%), perdendo apenas para o Espírito Santo (17,2%).

Nos últimos doze meses, a taxa sinaliza uma trajetória descendente no ritmo de crescimento no Paraná, com redução na passagem de agosto (4,7%) para setembro (3,9%). Mesmo assim, o Paraná continua com o segundo melhor resultado do País nesse comparativo, abaixo apenas do Espírito Santo (20,6%) e superando a média nacional (1,6%).

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