Prévia do IGPM mostra deflação em setembro

Os preços medidos pelo IGPM (Índice Geral de Preços ao Mercado) apresentaram queda média de 0,56% na primeira prévia de setembro. Em igual período do mês anterior, o indicador havia apurado deflação de 0,36%. O resultado indica que o ciclo de deflações apresentado pelos IGPs calculados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) poderá completar o quinto mês seguido de queda de preços.

Atacado e varejo intensificaram a queda de preços de agosto para setembro. O IPA (Índice de Preços do Atacado) apurou uma taxa negativa de 0,73% após ter registrado deflação de 0,48% na primeira parcial de agosto.

No atacado, a deflação ganhou fôlego em razão dos produtos agrícolas, que passaram de -1,18% para -2,87%. Já os produtos industriais mostraram tendência de aceleração e passaram de -0,25% para -0,03%.

Os resultados confirmam os sinais de que a influência do câmbio sobre a deflação está se reduzindo. O subgrupo materiais para manufatura, que representa cerca de 16% do IPA, passou de -1,35% para -0,50%. Este item inclui produtos como ferro e aço, utilizados em diferentes indústrias e ao longo de várias etapas da cadeia produtiva.

Já as matérias-primas brutas mostraram queda de preços ainda maior do que no mês anterior, influenciadas pelo comportamento de produtos como leite in natura (-0,75% para -5,49%), soja (-0,25% para -3,36%) e milho (-0,78% para -3,03%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) passou de -0,16% em agosto para -0,30% em setembro. O recuo foi motivado pelo desempenho dos alimentos, em especial de hortaliças e legumes, que passaram de -3,25% para -7,95%, e de combustíveis e lubrificantes. A taxa dos combustíveis passou de 0,97% para -0,44%.

Os preços na construção civil passaram de -0,05% para -0,04%. Os preços foram coletados entre os dias 21 e 30 de agosto.

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