Presidente pede que prefeitos ajudem PAC a sair do papel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta terça-feira (26) um apelo aos governadores e prefeitos para que ajudem o governo federal a tirar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do papel e implementem as obras necessárias ao desenvolvimento do País. "Só peço um compromisso a vocês: pelo amor de Deus, executem esses projetos", disse Lula em discurso realizado no Palácio dos Bandeirantes durante evento de assinatura de convênios com o governador paulista, José Serra (PSDB), e 58 municípios do Estado em projetos do PAC das áreas de saneamento e urbanização, num valor total de R$ 7,3 bilhões.

Além do pedido de auxílio para execução do PAC, Lula criticou duramente a "pequenez política". Segundo ele, esse tipo de atitude traz apenas um resultado para o País: "mais pobreza e menos desenvolvimento". Ao lado do governador do Estado de São Paulo, o tucano José Serra, Lula lembrou que em 2010 haverá uma nova disputa sucessória e que muitos estarão em times diferentes. E frisou: "Você pode ser o que quiser antes das eleições, mas depois (das eleições) você é o administrador da sua cidade, Estado e País. Por isso, temos a obrigação política, ética e moral de cumprir com as coisas que foram a razão pelas quais o povo nos elegeu".

Ainda no discurso, Lula disse que a classe política deve ter o "máximo de decência" para saber que as eleições já terminaram e que agora é preciso governar, independente das diferenças políticas. "Vivemos um momento histórico no Brasil, o País vai bem, as coisas vão bem e o mérito é da sociedade brasileira. As coisas estão dando tão certo que fico incomodado de ver gente procurando pêlo em ovo para fazer críticas", destacou o presidente.

Lula disse que o evento realizado nesta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes era a "consagração da democracia", porque estava reunindo pessoas de ideologias diferentes e filiações partidárias múltiplas. Lula ainda brincou: "A gente não pede filiação partidária e nem exige que um prefeito vire corintiano ou palmeirense para fechar convênio conosco". A frase foi uma alusão ao fato de ele ser corintiano e Serra palmeirense.

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