Presidente da Colômbia quer reduzir a pobreza até 2014

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, abriu hoje o 1º Fórum de Investimentos Colômbia-Brasil dizendo que sua meta é reduzir o nível de pobreza no país até o final de seu primeiro mandato, em 2014. Dirigindo-se ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, disse que costuma brincar que quando crescer quer ser igual ao companheiro, que saiu do governo do Brasil com 83% de aprovação, mas que não pretende levar oito anos para cumprir seu objetivo. Ele ressaltou a cooperação no combate ao narcotráfico na fronteira entre os dois países e destacou a Lei de Responsabilidade Fiscal adotada pela Colômbia nos moldes da legislação brasileira. No país, essa lei é chamada de Regras Fiscais.

Santos afirmou que a Colômbia está aberta a investimentos de várias origens, mas especialmente do Brasil. “Achamos que há uma sinergia especial entre Brasil e Colômbia e isso gera dividendos para ambos os países e fortalece muito a Colômbia.” Em março, o país vizinho lançou o Plano de Desenvolvimento que visa, entre outros objetivos, reduzir a taxa de desemprego, que hoje é de 10,9%. “Infelizmente temos o título vergonhoso de ser o país com maior nível de pobreza e desigualdade no mundo e para reduzi-lo é necessário crescimento e investimentos”, disse Santos.

De acordo com ele, o neoliberalismo já provou que não funciona e que o Estado tem de induzir o crescimento, como ocorreu no Brasil. Para isso, o governo colombiano identificou três setores que mais necessitam e oferecem oportunidades de investimentos a empresários dos dois países: infraestrutura, telecomunicações (banda larga) e agropecuário. Na avaliação dele, a agropecuária é o setor que concentra a maior parte da pobreza na Colômbia. Em contrapartida, o país é um dos que mais possuem, no mundo, área para ser aproveitada pela agricultura.

O presidente colombiano destacou também o setor de construção civil, que na avaliação dele pode estimular 32 segmentos. Outro setor para o qual Santos chamou a atenção dos empresários brasileiros é o da inovação. “Negligenciamos o setor, não sei se por arrogância, por achar que somos um país recursivo, mas agora entendemos que nenhuma nação pode crescer mais rápido sem inovação.” (O repórter viajou a Bogotá a convite da Proexport, Agência de Promoção do Turismo, Investimento e Exportação do Ministério do Comércio e Indústria e Turismo da Colômbia)

Voltar ao topo