Presidente brasileiro afirma que País não vai mudar política de biocombustíveis

A recente condição de potência petrolífera não levará o Brasil a abandonar seu programa de biocombustíveis, afirmou neste sábado (10) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O Brasil não vai diminuir em nenhum milímetro a sua política de biocombustíveis", afirmou. Na sua avaliação, é do interesse do País possuir a matriz energética mais diversificada possível.

Lula disse que o governo está elaborando um programa que define as áreas onde podem ser cultivadas as plantas a partir das quais serão produzidos o álcool e o biodiesel. Na Amazônia, informou ele, só será permitido o plantio do dendê, que é uma planta da região, para produzir óleo.

"Não haverá cana-de-açúcar, não haverá soja na Amazônia", afirmou. "Vamos aproveitar e preservar aquilo e fazer com que a riqueza da biodiversidade possa contribuir para que a gente possa ganhar dinheiro à custa da preservação da Amazônia com modelo de desenvolvimento adequado.

O plantio de cana nas áreas degradadas por pastagem na Amazônia colocou em lados opostos o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela quer proibir o plantio em toda a região amazônica e também no Pantanal.

Resta saber o que será feito com a cana plantada pela usina Álcool Verde, localizada no Acre, um projeto implantado com apoio do ex-governador Jorge Viana (PT). A usina deverá começar a produzir açúcar, cana e eletricidade com queima de bagaço a partir do ano que vem.

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