Preços ao produtor em abril sobem 1,45%, apurou a FGV

As commodities agrícolas e industriais e os materiais para a manufatura impulsionaram a inflação atacadista em abril. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,45% no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), quase o dobro de um mês antes (0,75%). Apenas os bens finais desaceleraram, graças à trégua nos preços de alimentos in natura.

O IPA foi um dos dois componentes do IGP-10 que aceleraram em abril e é o que tem maior influência no indicador, pois determina 60% do resultado geral. O outro impulso veio do índice da construção, que praticamente triplicou na passagem do mês, mas tem peso menor, de 10%.

No atacado, a alta de preços chegou a 2,31% neste mês entre as matérias-primas brutas, após avanço de 0,88% em março. Os itens que mais ganharam força foram soja em grão (4,29% para 7,40%), bovinos (-0,36% para 1,51%) e minério de ferro (-0,47% para 2,08%). No sentido contrário, destacaram-se os itens mandioca (1,01% para -3,62%), milho em grão (3,24% para 1,81%) e aves (3,15% para 1,18%).

O índice do grupo de bens intermediários também ganhou força na passagem do mês, passando de 0,24% para 1,51%. Ao todo, quatro dos cinco subgrupos acompanharam esse movimento, com destaque para materiais e componentes para a manufatura. A categoria, considerada um “centro nervoso” de repasse cambial, avançou 1,62% em abril, após elevação de 0,16% em março. Só o farelo da soja, incluído nesse subgrupo, ficou 3,58% mais cara.

Na contramão, os bens finais desaceleraram de 1,17% no mês passado para alta de 0,72% na leitura anunciada hoje. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura (8,14% para 0,51%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, acelerou de 0,24% em março para aumento de 0,69% em abril. O resultado foi influenciado tanto pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,35% para 0,86%) quanto pelo custo da Mão de Obra(0,14% para 0,53%).

O IGP-10 avançou 1,27% em abril, resultado que ficou acima do teto das estimativas do mercado de acordo com o AE Projeções. Em março, o indicador havia subido 0,83%. O período de coleta de preços do índice foi de 11 de março a 10 de abril.

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