Preços administrados tiveram queda de 0,05%

Os preços administrados por contrato e monitorados pelo governo tiveram queda de 0,05% em Curitiba no mês de outubro. A variação ficou abaixo da inflação da capital paranaense, que foi de 0,35% pelo IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Também no acumulado do ano, os preços públicos (5,87%) subiram menos que a inflação (8,37%). Nos últimos doze meses, o índice (13,14%) também ficou abaixo do IPCA (13,98%). O levantamento foi divulgado ontem pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) e pelo Senge/PR (Sindicato dos Engenheiros do Paraná).

Para uma família curitibana, o custo médio dos serviços públicos foi de R$ 402,86 – contra R$ 403,08 em setembro. A ligeira queda das tarifas públicas foi influenciada pelos derivados do petróleo: o litro da gasolina apresentou variação negativa de 2,28%, o álcool de -8,20%, e o diesel, -0,29%.

De acordo com o economista Sandro Silva, do Dieese, a queda em outubro já era esperada. “Os derivados de petróleo tinham subido muito em meados de julho e agosto. A gasolina, por exemplo, que custava R$ 1,82 em média, passou para R$ 1,95 e depois ultrapassou a casa dos R$ 2,00. A queda teria mesmo que acontecer”, afirmou.

Segundo o economista, a redução em outubro só não foi maior por conta dos reajustes no pulso telefônico (alta de 2,54%) e na assinatura telefônica (2,53%). Ele lembra que no dia 9 de outubro, por conta de decreto federal, houve revisão das tarifas telefônicas considerando fatores da composição de cálculo, entre eles a inflação. Com o reajuste, o pulso passou de R$ 0,12569 para R$ 0,12888. Já a assinatura residencial passou de R$ 31,27 para R$ 32,06. Desde o início do ano, o pulso telefônico acumula alta de 17,24%, enquanto a assinatura residencial, 17,22%. “Se não fosse a decisão do STJ e o decreto, a queda dos preços administrados teria sido de 1% e não 0,05%”, revela Sandro.

No ano, os principais aumentos ficaram por conta da energia elétrica (49,12%), telefone (17,24%) e correio (11,11%). Já a maior queda foi verificada no álcool (-15,30%).

Menor inflação

No acumulado de janeiro a outubro, Curitiba apresenta a menor inflação das regiões metropolitanas pesquisadas tanto em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) quanto ao IPCA. Enquanto a média nacional do INPC é de 9,39%, em Curitiba o índice é de 7,34%. Já o IPCA registra variação de 8,37% na média nacional, enquanto em Curitiba, 6,95%. Para Sandro Silva, a diferença está na tarifa de energia elétrica, cujo reajuste de quase 24% autorizado pela Aneel não foi repassado pelo governo do Estado.

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