Preços administrados caem 0,38%

Os preços administrados e monitorados fecharam o mês de maio com queda de 0,38% em Curitiba. Dos nove itens que compõem o índice, três tiveram redução de preço no mês: o gás de cozinha (-0,73%), o transporte coletivo (-0,66%) e a gasolina (-0,84%). Foi a segunda queda consecutiva dos preços administrados e monitorados na capital paranaense – em abril, a deflação havia sido de 0,50%. Com os dados de maio, os preços administrados acumulam no ano aumento de 1,09% e, nos últimos 12 meses, variação positiva de 8,55%.

Em maio, o custo médio dos serviços públicos para uma família curitibana foi de R$ 470,16, ante os R$ 471,93 registrados em abril. ?Quando não há aumento de tarifas, como de energia elétrica ou telefone, o que acaba determinando os preços administrados é a gasolina?, apontou o economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR). De fato, foi o que aconteceu em maio. O preço médio do litro da gasolina comum em Curitiba caiu de R$ 2,25 para R$ 2,23. De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a queda é resultado da redução do preço da gasolina nas distribuidoras (-1,69%), puxado pelo álcool, que compõe 25% da gasolina comum.

Os outros dois itens que registraram queda nos preços foram o gás de cozinha (-0,73%) – variação atribuída à concorrência – e o transporte coletivo (-0,66%) – por conta da tarifa ´domingueira´ de R$ 1,00. Outro item que registrou queda em maio, mas que não compõe a cesta de preços administrados, é o álcool combustível, com variação negativa de 11,81%, e o preço médio no varejo passando de R$ 1,533 para R$ 1,352.

Para junho, a expectativa do Dieese-PR é de nova queda – a terceira consecutiva – de 0,37%. Conforme a primeira semana de junho, o preço da gasolina caiu 4,30%, passando de R$ 2,23 (preço médio em maio) para R$ 2,13. ?A gente só não sabe se o preço vai continuar caindo ou se o cenário vai mudar até o final do mês?, comentou Sandro Silva. Na primeira semana de junho, foi verificada ainda queda de 1,92% no preço do gás de cozinha. Por outro lado, o transporte coletivo deve registrar alta de 0,79% – haverá mais dias úteis que em maio. Também está previsto aumento do preço da energia elétrica, que deve ocorrer a partir do próximo dia 24. Segundo Sandro Silva, a estimativa é que a alta seja de 9%, mas ainda não há confirmação pela Copel. ?A gente tem que ver se o governo vai repassar todo o aumento ou não?, ponderou o economista. Outro aumento que deve ser anunciado entre o final deste mês e o início do mês é o da telefonia fixa (assinatura e pulsos).

Gasolina

No ano (janeiro a maio), o litro da gasolina comum em Curitiba acumula a maior alta entre as 16 capitais pesquisadas pelo Dieese, de 3,43%. Outras 13 capitais apresentam queda neste mesmo período. Nos últimos 12 meses, a gasolina aumentou em todas as capitais pesquisadas, sendo que Curitiba registrou a terceira maior alta (19,12%), atrás apenas de Salvador (20,50%) e Porto Alegre (20,13%).

Nos últimos 12 meses, o preço do álcool também disparou em todo o País. O maior aumento foi registrado em Porto Alegre (55,39%), seguido por Curitiba (49,72%). O menor aumento foi verificado em Belém (20,57%). A elevação do preço do álcool, em nível nacional, é atribuída especialmente à venda do produto ao mercado externo. Só as exportações do Paraná, lembrou o economista do Dieese-PR, aumentaram em 420% de 2003 para 2004.

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