Preço do petróleo se mantém em alta

Os preços do petróleo no mercado internacional continuaram em alta, ontem, devido a três fatores: a greve geral na Venezuela -que completou um mês -, a perspectiva de uma guerra contra o Iraque e a diminuição dos estoques dos Estados Unidos. No começo da semana, depois de terem atingido níveis recordes, as cotações da commodity recuaram, mas já voltam a subir.

Ontem à tarde, em Londres, o barril de petróleo tipo brent para entrega em fevereiro estava sendo negociado a US$ 29,79, com alta de 1,22% em relação aos US$ 29,43 do fechamento de anteontem. A iminente guerra entre Estados Unidos e Iraque foi a responsável pela alta acumulada de cerca de 50% nos preços do petróleo em 2002. No começo deste ano, esse continua sendo fator de pressão sobre as cotações. Se um conflito no Oriente Médio tivesse longa duração, dizem especialistas, faltaria petróleo e o barril poderia chegar a custar US$ 80, causando uma crise mundial.

anteontem, os funcionários da estatal venezuelana PDVSA (Petroleos de Venezuela) afirmaram que manteriam a paralisação até que suas reivindicações -renúncia do presidente Hugo Chávez e antecipação das eleições – sejam atendidas. O país, que estava em quinto no ranking mundial, produzindo cerca de 2,5 milhões de barris por dia, viu esse volume ser reduzido a cerca de 10% com a greve geral que já dura 31 dias.

A fim de compensar a redução na oferta por conta da crise venezuelana e barrar o salto dos preços, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deve fazer uma reunião extraordinária até o meio de janeiro e anunciar aumento na sua produção.

Para aumentar a tensão no mercado, os EUA, que eram os maiores compradores da Venezuela e que são os maiores consumidores de petróleo do mundo, informaram que seu estoque está diminuindo notavelmente.

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