Preço do gás natural deve subir, avalia Petrobras

A escassez de gás natural no mercado brasileiro nos próximos três anos e a entrada do Gás Natural Liquefeito (GNL) na matriz energética do País já a partir do próximo ano deve "puxar para cima os preços do combustível", admitiu nesta segunda-feira (17) o gerente geral internacional da Petrobras para o Cone Sul, Flávio Vianna.

"O GNL será um balizador que tende a influenciar uma subida de preços, inclusive do gás importado da Bolívia", disse após participar de evento promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) para promover o lançamento do livro "Cooperação Energética das Américas".

O executivo, entretanto, fez questão de deixar claro que o preço do GNL de forma alguma estará atrelado ao preço do gás natural, seja o nacional ou o importado da Bolívia. "O que estou dizendo é que ele acaba balizando os outros indicadores de preço, assim como ocorreria se ele fosse mais baixo. A parte interessada sempre utiliza esse argumento para forçar sua posição na negociação de preços", comentou, lembrando que o preço do gás boliviano é regido por um contrato, segundo o qual o reajuste é feito trimestralmente com base em uma cesta internacional de óleos. Vianna não quis detalhar quais as perspectivas de reajuste para o gás boliviano em janeiro.

Uruguai

Vianna disse que a estatal ainda está aguardando conclusão do projeto para implementação de uma unidade de regaseificação de GNL em Montevidéu, para também participar do negócio.

"Não fomos oficialmente convidados a participar do projeto, mas a Petrobras tem interesse em entrar para o clube de empresas que detém tecnologia do GNL", disse. Ele ainda comentou que a estatal aguarda a definição do projeto que está sendo realizado pelos governo argentino e uruguaio para estudar qual a melhor forma de participar da unidade.

Voltar ao topo