Portos do Paraná terão cooperação dos EUA

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) e o Serviço Comercial dos Estados Unidos assinaram ontem um Certificado de Intenção de Negócios para aumentar a cooperação técnica entre ambos. Na prática, os americanos irão ajudar a localizar, em seu país, potenciais fornecedores dispostos a investir nos portos paranaenses, que podem vir a ser a principal porta de entrada de produtos, serviços e tecnologias norte-americanas. O acordo foi assinado pelo superintendente da APPA, Eduardo Requião, e pelo Cônsul-Geral dos Estados Unidos, Christopher McMullen.

Segundo McMullen, a escolha dos portos de Paranaguá e Antonina se deve aos resultados obtidos pelos terminais nos últimos três anos, que fez com que os portos apresentassem índices de produtividade e receita acima da média nacional. ?São os maiores do sul do Brasil, e acreditamos que vamos aproveitar este crescimento expandindo nossas relações com os terminais paranaenses?, disse.

Requião explica que em contrapartida, os portos do Paraná disponibilizam seus serviços na movimentação de mercadorias, estreitando as relações diplomáticas e comerciais com os parceiros norte-americanos. ?Na medida em que os portos se qualificam, abrem espaços para acordos importantes como esses. O porto e a cidade se transformam e crescem graças a estas parcerias comerciais?, disse o dirigente portuário.

Os EUA são o segundo principal destino das exportações através do Porto de Paranaguá, com 25,50%, perdendo apenas para a comunidade européia, com 40,70%. Para o mercado americano, são enviados principalmente madeira, produtos congelados, papel, celulose, açúcar e álcool. De janeiro a julho deste ano, as exportações para os Estados Unidos somaram um volume 821.542,03 toneladas, o equivalente a 3,8% da receita cambial gerada pelo Porto neste período.

Consulado

Durante o encontro, McMullen revelou que o serviço diplomático dos EUA estuda a possibilidade de criar consulados no sul do Brasil. Segundo o cônsul, no ano passado houve um aumento de mais de 43% na demanda de vistos para entrada nos EUA, e o consulado em São Paulo – único a fazer o serviço no País – está com dificuldade de atender os pedidos. ?Do Sul vem uma grande parte da demanda, graças ao desenvolvimento da região. Mas não posso afirmar em qual dos três estados ficaria o novo consulado?.

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