Pecuária “empurrou” o PIB para 1,42% em 2001

Rio

  – A economia brasileira encerrou o ano de 2001 com crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,42%, alcançando, em valores correntes, a cifra de R$ 1,2 trilhão. Esse resultado refletiu, pela ótica da produção, o crescimento de 5,71% na agropecuária; de 1,86% nos serviços e 0,31% na indústria. As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pela ótica dos setores institucionais, destaca-se o aumento da participação das empresas financeiras no PIB, passando de 5,18%, em 2000, para 6,23%, em 2001, como conseqüência do crescimento com os ganhos da intermediação financeira, fazendo com que sua poupança atingisse R$ 20,5 bilhões, em 2001, contra os R$ 7,5 bilhões registrados em 2000. Esse resultado foi influenciado pelo aumento do spread e pela desvalorização cambial, uma vez que as instituições financeiras aumentaram suas posições em títulos indexados ao câmbio de 22,3% em dezembro de 2000 para 28,6% em dezembro de 2001.

A economia nacional apresentou uma necessidade de financiamento de R$ 54,5 bilhões, recorrendo, mais uma vez, a financiamento externo para cobrir esse hiato de recursos. No ano de 2000 esse montante foi de R$ 46,7 bilhões.

Balanço

De acordo com dados do levantamento Contas Nacionais, em relação ao balanço de pagamentos, o resultado do ano de 2001 foi o mais favorável dos últimos anos. A principal razão dessa melhora foi o registro de superávit na balança comercial, fato que não ocorria desde 1994, alcançando o valor de aproximadamente US$ 2 bilhões. As exportações de bens e serviços cresceram 11,24%, contribuindo para o crescimento do PIB em 2001, enquanto as importações apresentaram variação de 1,21% contra os 11,63% apresentados em 2000.

O déficit nas transações correntes atingiu a cifra de US$ 21,4 bilhões, em 2001, contra US$ 25,4 bilhões, em 1999, e US$ 24,7 bilhões, em 2000.

Voltar ao topo