Paraná se destaca na contratação de temporários

O Paraná foi o quarto estado do Brasil, e o primeiro da Região Sul, na quantidade de contratações de trabalhadores temporários para o período de Natal, em 2009. A informação foi divulgada esta semana, pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).

A instituição levantou que as empresas paranaenses contrataram 9.340 empregados, respondendo por quase 7,5% das cerca de 125 mil contratações do País. A expectativa, agora, é para a Páscoa, que tem seu auge de contratações em janeiro e fevereiro.

De acordo com a Asserttem, o aumento no número de temporários no País, em relação ao mesmo período de 2008, foi de 8,5% e superou as expectativas, que eram de contratação de 123 mil temporários. No Paraná, a previsão, que era de 7 mil contratados, também foi superada.

Segundo o levantamento, cerca de 25% dos trabalhadores temporários contratados para o Natal foram efetivados, o que significam 31 mil novos empregos efetivos no Brasil, e 2,3 mil no Paraná.

A projeção, antes da pesquisa, também foi superada: era de 17% de efetivações. A Asserttem diz, ainda, que 28% dos trabalhadores contratados conseguiram seu primeiro emprego.

A pesquisa ainda apontou que vendedores, fiscais de loja, empacotadores atendentes, estoquistas, etiquetadores, operadores de telemarketing, auxiliares e analistas de crédito e até papai noeis, foram as funções mais procuradas.

O comércio shoppings, supermercados, lojas de departamentos e o comércio de rua foi o setor que mais contratou. O varejo de rua, por sinal, foi o segmento que mais cresceu em relação a 2008 (9,5%), o que mais efetivou trabalhadores (30%) e, ainda, o que mais contratou funcionários no primeiro emprego (35%).

Segundo o diretor regional da Asserttem no Paraná, Danilo Padilha, é comum que a maioria de vagas em que não é exigida experiência anterior seja no setor de atendimento.

“Só é preciso boa comunicação, se portar bem e gostar do produto com que vai trabalhar”, explica. Para ele, apesar dos números de cada estado não serem detalhados pela pesquisa, o Paraná reflete as porcentagens nacionais, assim como os setores que mais contratam.

Conforme Padilha, o Estado tem um grande potencial no setor de trabalho temporário: são mais de 200 empresas na área, o segundo maior número do País, atrás apenas de São Paulo.

Avaliação

Para o diretor regional da Asserttem, 2009 foi um ano bastante positivo na área dos empregos temporários. Apesar dos números finais do ano não terem sido fechados, ele estima que as contratações aumentaram aproximadamente 20% em relação a 2008.

“Foi um bom aumento, devido ao ano complicado que tivemos, com crise e redução de investimentos. Mas a economia se recuperou. A diminuição das taxas de juros, a maior oferta de crédito e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ajudaram para que o brasileiro consumisse mais e a economia andasse novamente”, avalia.

Páscoa

Padilha afirma que os interessados em arranjar trabalho temporário para a Páscoa não podem perder tempo, já que janeiro e fevereiro são os meses em que as empresas mais contratam. Ele sugere que os candidatos procurem nem só as agências, mas também as empresas em que desejam trabalhar.

Atualmente, a maioria das contratações é para a área de produção. Em março e abril (o domingo de Páscoa, este ano, cai no dia 4 de abril), conta ele, devem acontecer as contratações destinadas à distribuição e comercialização dos produtos.

Nas 252 Agências do Trabalhador do Paraná, por exemplo, há uma semana, havia vagas para trabalhadores temporários no período da Páscoa. Na sexta-feira, porém, todos os postos anunciados já tinham sido preenchidos.

As vagas eram em fábricas e lojas de chocolates, que precisavam de auxiliares de linha de produção, vendedores, promotores de venda, auxiliares de carga e descarga e profissionais de limpeza. A maioria não exigia experiência.

A expectativa da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP) é de que, até abril, mais mil vagas, aproximadamente, sejam abertas, a maioria para o comércio.