Ipardes

Paraná melhora desempenho em renda, saúde e educação

O desempenho da maioria dos municípios paranaenses em renda, saúde e educação melhorou, em 2007, na comparação com dados de 2002 e 2005. A conclusão pode ser tirada a partir do Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), apresentado ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). De acordo com o estudo, 85% dos municípios melhoraram suas médias em relação a 2005 e 93% avançaram em relação a 2002.

Em 2007, a maioria (72%) dos municípios ficou com índices entre 0,57 e 1,00, que os coloca na categoria de alto desempenho. Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Douradina (no Noroeste do Estado) ficaram com as melhores médias.

Por outro lado, apesar de apontar avanço na maioria das cidades com piores índices, o Ipardes detectou quatro municípios entre os considerados com baixo desempenho: Tunas do Paraná (no Vale do Ribeira), Ivaí (região Central), Laranjal (Centro Sul) e Doutor Ulysses (também no Vale do Ribeira) tiveram médias inferiores a 0,4190. Em 2005, eram 15 os municípios nessa faixa. Em 2002, eram 51.

O índice do Ipardes foi desenvolvido após um acordo de cooperação técnica com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que divulgou os números mais recentes de seu índice de Desenvolvimento Municipal na semana passada.

No entanto, como a pesquisa da entidade fluminense tem abrangência nacional e não leva em conta especificidades regionais, o Ipardes incluiu, no IPDM, variáveis mais significativas no Paraná, como a produção agropecuária e o ensino médio.

“A ideia foi olhar para dentro da nossa própria realidade”, explicou o presidente do Ipardes, Carlos Manuel dos Santos, durante a apresentação do índice. “A produção agropecuária tem um impacto muito forte nos municípios de médio porte”, afirmou, ao justificar a incorporação da variável no índice que engloba emprego e renda.

Para ele, por considerar apenas o emprego formal, o índice da Firjan acabava não levando em conta aspectos característicos na economia rural como, por exemplo, a alta taxa de informalidade no setor.

A intenção do IPDM, segundo Santos, não é estabelecer uma hierarquia entre as cidades, mas subsidiar o planejamento das administrações municipais e estadual. Ele esclareceu que, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal usa bases censitárias, os dados só são atualizados a cada dez anos.

Assim, as atuais gestões municipais não tinham como se autoavaliar. O estudo, informou o presidente do Ipardes, deve ser divulgado anualmente. Mais detalhes da pesquisa estão no site do órgão: www.ipardes.pr.gov.br.