Para OIT, crescimento econômico do Brasil ainda é inferior ao dos vizinhos

Brasília – Relatório divulgado nesta segunda-feira (28) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Lima, no Peru, indica um crescimento econômico do Brasil, em 2007, de 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB), valor ligeiramente inferior à taxa de crescimento projetada para a América Latina e o Caribe, que ficou em 5,5%, superior à média histórica das últimas décadas. No topo do ranking, lideram a expansão regional o Panamá (9,5%), seguido da Argentina (8,5%), Venezuela (8,3%), Peru e República Dominicana (ambos 8%) e Uruguai (7,4%).

O Panorama Laboral da América Latina e do Caribe destaca que a região vive o período de maior crescimento sustentado desde 1980, ao expandir a economia a taxas superiores a 4,5% ao ano a partir de 2004.

O crescimento do PIB brasileiro no intervalo de apenas um ano mereceu menção especial no documento. A taxa de 5,3% em 2007 superou com folga a atingida em 2006 (3,7%). Entre as razões para o salto da economia nacional, o relatório da OIT ressalta que ?a aceleracão está associada ao forte investimento privado assim como ao investimento público em infra-estrutura que o governo estimula através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde janeiro de 2007?.

De acordo com o documento, o poder de consumo do brasileiro cresceu com o aumento de salários e de crédito. A OIT citou também a recuperação do setor agrícola, puxada pelos investimentos na produção de etanol. Na indústria, que expandiu 4,9% no primeiro semestre de 2007, o destaque foi o crescimento do mercado interno para automóveis e bens de capital. O superávit da balança comercial alcançou US$ 30,9 bilhões durante os primeiros nove meses do ano e, junto com ingresso de capital, proporcionou valorização significativa da moeda local em relação ao dólar.

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