Objetivo principal das reservas é segurança, diz BC

O diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, afirmou hoje que o principal objetivo da política de aplicação das reservas internacionais brasileiras é a segurança. Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o diretor afirmou que a rentabilidade dos ativos é apenas o terceiro fator que determina o destino dos recursos.

“Buscamos a segurança em primeiro lugar. Em segundo, está a liquidez e, em terceiro, é a rentabilidade. A rentabilidade não é um fator determinante. O que determina o investimento é a segurança”, disse Mendes aos parlamentares.

Durante a apresentação, o diretor afirmou ainda que o euro perdeu espaço na destinação dos recursos nos últimos anos. Em lugar da moeda única europeia, ganharam espaço as divisas de países como Austrália e Canadá.

Segundo Aldo Mendes, 71% das reservas internacionais estão alocadas em ativos de países da América do Norte e 18% estão em aplicações na Europa. Em seguida, aparecem ativos supranacionais (7%), Austrália (3%) e Japão (1%). Por rating, o diretor afirmou que 97% das reservas brasileiras estão alocadas em emissores com classificação de risco “AAA” e apenas 3% estão em emissores “AA”.

Durante a apresentação, Aldo Mendes antecipou também que a rentabilidade das reservas brasileiras subiu nos últimos meses. Sem precisar o período observado (se em 12 meses ou no acumulado do ano), o diretor do BC afirmou que as reservas externas brasileiras rendem 4,9% em 2011, patamar bem superior ao desempenho de 1,82% observado em 2010 e aos 0,83% de 2009.

Com a recuperação observada neste ano, a rentabilidade das reservas retorna a um patamar mais próximo da média histórica de 5,2% observada entre 2002 e 2010.