A alteração da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos deve dar um novo impulso às vendas de carros a álcool. A alíquota incidente sobre esses modelos caiu de 10% para 9% no caso dos carros com motor 1.0. Para os veículos com motor entre 1.0 litro e 2.0 litros, o IPI passou de 20% para 14%, ante 16% dos similares a gasolina, e nos demais modelos permaneceu em 20%, ante 25% dos carros a gasolina.
?Acreditamos que, com o novo IPI, haverá um entusiasmo maior do consumidor pelo carro a álcool?, ressaltou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ricardo Carvalho. Mesmo antes das mudanças, as vendas dos modelos a álcool vinham apresentando crescimentos consecutivos mensais. O volume comercializado no atacado (das fábricas para as concessionárias) totalizou 22.986 unidades de janeiro a julho, superando em 25% as vendas totais dos 12 meses de 2001, de 18.335 veículos. Em julho, as vendas somaram 4.411 unidades, resultado 56,7% superior ao de junho e 420% maior que o de julho de 2001.
A participação dos carros a álcool no volume total do mercado brasileiro alcançou 4,5% em julho. No ano, a fatia dos modelos é de 3,2%, ante uma parcela de 1,4% registrada no acumulado do ano passado.
As montadoras, no entanto, continuam mantendo sua política de não incentivar as vendas, que, na maior parte dos casos, é feita sob encomenda, a segmentos específicos da economia, como o de taxistas.