Nova Bolsa brasileira será a 2ª maior das Américas

Os Conselhos de Administração da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Bovespa Holding aprovaram, em reuniões realizadas na terça, a integração das atividades das duas companhias, com a formação de uma entidade batizada provisoriamente de Nova Bolsa.

"Estima-se preliminarmente que esta reorganização societária poderá, até 2010, atingir um potencial de economia de até 25% das despesas operacionais anuais da organização combinada, em função das sinergias existentes", afirmaram as bolsas em fato relevante divulgado na terça.

A Nova Bolsa será uma companhia aberta e com ações negociadas no Novo Mercado. Os acionistas da BM&F e da Bovespa Holding receberão ações ordinárias emitidas pela Nova Bolsa, na proporção de 50% para cada companhia. Além disso, os acionistas da Bovespa Holding, controladora da Bolsa de Valores de São Paulo e da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), receberão pagamento de R$ 1,24 bilhão. As empresas não esclareceram de onde virá essa quantia.

Na manhã desta quarta-feira, serão esclarecidos os termos do acordo. Participarão de entrevista à imprensa os presidentes dos Conselhos de Administração da Bovespa Holding, Raymundo Magliano Filho, e da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, e os diretores-gerais das duas companhias, Gilberto Mifano e Edemir Pinto, respectivamente.

Levando-se em conta o valor de mercado somado das duas bolsas brasileiras em fevereiro (cerca de US$ 20 bilhões), a instituição resultante seria a segunda maior das Américas, atrás apenas da Bolsa de Chicago e à frente até mesmo da Bolsa de Nova York.

As ações da Bovespa estrearam em pregão no dia 26 de outubro do ano passado, com expressiva alta. O papel disparou 52%, para R$ 34,99. O sucesso da bolsa paulista criou grande expectativa para a abertura de capital da BM&F, que ocorreu em 30 de novembro. A alta das ações, porém, foi mais modesta: 22%, para R$ 24,42. Ontem, os papéis da BM&F fecharam em R$ 16,68 e os da Bovespa, em R$ 25.

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