Nível de emprego cresceu 1,52% no Paraná em maio

O nível de emprego no Paraná registrou em maio crescimento de 1,52%, o que equivale à criação de 25.101 novos postos de trabalho. O desempenho foi melhor do que a média nacional (1,22%). De janeiro a maio, o número de empregos gerados no Paraná foi de 82.474, com crescimento de 5,21%. O interior responde pela maior parte dos empregos gerados no ano (76,3%), enquanto a Região Metropolitana de Curitiba, por 23,7%. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/Ministério do Trabalho) e foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).

Com o resultado de maio, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Estado é de aproximadamente 1,666 milhão. No mês, os setores que puxaram o nível de emprego foram a indústria de transformação (9.666 empregos), agricultura (5.337) e serviços (4.626); os três setores responderam juntos por 78,2% dos empregos gerados.

Entre os subsetores de atividades, destaque para a indústria de alimentos e bebidas (5.170 empregos), e têxtil e vestuário (1.005). No setor de serviços, destaque para o comércio varejista (2.937 empregos) e hotéis e restaurantes (1.612). A construção civil também retomou o crescimento em maio, com a geração de 1.745 empregos – a maior parte deles (77,5%) na RMC. ?É um bom sinal da economia. A construção civil deve estar apostando no crescimento do mercado imobiliário?, apontou o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. De acordo com ele, o nível de emprego em maio subiu mais do que o esperado. ?A expectativa era que de fato ficasse acima de 1%, mas maio acabou apresentando o melhor desempenho mensal desde 1990?, ressaltou.

No ano

No ano (janeiro a maio), o crescimento do emprego está concentrado em alguns ramos de atividades: no setor da indústria, destacam-se a indústria de alimentos e bebidas (16.027 empregos), madeira e mobiliário (5.180) e têxtil e vestuário (3.279). No setor de serviços, o destaque fica por conta de hotéis e restaurantes (5.661 empregos), serviços gerais (5.316), transporte e comunicação (3.119) e ensino (3.118). No setor de comércio, o varejista gerou 10.047 empregos e o atacadista, 3.200. Na agricultura, foram criados 12.486 empregos.

Com esses números, o acumulado de janeiro a maio é 50,4% maior do que no mesmo período do ano passado em relação a saldo de empregos -82,4 mil este ano contra 54,8 mil no ano passado. ?E 2003 já tinha registrado o melhor desempenho da série histórica?, acentuou Sandro Silva. Na indústria de transformação, o aumento do número de empregos foi de 83,12% em um ano; serviços, 61,57%; comércio 68,71%. Na agricultura, houve queda de 23,40%. ?Todos os setores geraram empregos, alguns mais do que no ano passado e outros menos?, afirmou. Silva. Segundo ele, o Paraná apresentou bom desempenho no primeiro semestre do ano, especialmente por conta da agricultura.

Em comparação com outros estados, o Paraná registrou o quinto maior índice de crescimento no ano, atrás de Mato Grosso (8,25%), Tocantins (7,87%), Mato Grosso do Sul (6,23%) e Goiás (5,67%). ?Todos eles foram influenciados pela agricultura?, destacou. Entre os estados da região Sul, o Paraná apresentou melhor desempenho tanto no mês quanto no ano. Em maio, o crescimento de Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram respectivamente 0,25% e 0,30%. No ano, a variação foi de 3,53% (SC) e 3,85% (RS).

Comércio abriu 2.274 novas vagas

O comércio paranaense apresentou no mês de abril crescimento de 0,61%, com a abertura de 2.274 novas vagas. A maior parte dos empregos foi criada no interior (69,35%). No ano (janeiro a abril), o crescimento foi de 2,70%, com a criação de 9.929 novos postos de trabalho. O número estimado de trabalhadores com carteira assinada no comércio é de 377.417 no Paraná, o que representa 7,25% do contingente total do comércio nacional (5.203.321). Os números são da Pesquisa Mensal, elaborada pelo IBGE e divulgada ontem pelo Dieese-PR.

No acumulado do ano, a maior parte dos empregos (71,6%) foi gerada no comércio varejista. Os segmentos que apresentaram as maiores variações no nível de emprego foram: no comércio varejista, lojas não especializadas (crescimento de 7,20%), lojas especializadas em produtos novos (3,17%) e reparação de objetos pessoais e utilidades domésticas (2,89%). No comércio atacadista, a maior variação foi de produtos agropecuários in natura (12,67%), máquinas e equipamentos para uso agropecuário (6,69%) e intermediários do comércio (6,30%).

Vendas

O volume de vendas no comércio paranaense registrou alta de 0,44% em abril em relação a maio. Já o acumulado do ano é de 11,08% – índice superior ao nacional, que é de 8,01%. Os segmentos que apresentaram melhor desempenho no ano, em termos de volume de vendas no varejo, foram móveis e eletrodomésticos (crescimento de 20,97%), hiper e supermercados (9,39%), tecidos, vestuário e calçados (8,71%) e combustíveis e lubrificantes (8,26%).

O faturamento também aumentou no período – 10,02% no ano e 14,45% nos últimos 12 meses, superior à inflação. Os dados nacionais são um pouco menores: 9,61% no ano e 11,59% nos 12 meses. Para Sandro Silva, do Dieese-PR, o bom desempenho do comércio retrata o cenário econômico, com retomada do crescimento, especialmente do mercado interno.

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