Nível de emprego cresce no Paraná pelo 8.º mês seguido

O nível de emprego formal cresceu pelo oitavo mês consecutivo no Paraná. Em agosto, o saldo de empregos – diferença entre admitidos e desligados – foi de 18.952, com variação de 1,12%. Foi o melhor agosto desde o início da série histórica, em 1990. Desde janeiro, foram 125.263 novos empregos, com variação de 7,91%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/Ministério do Trabalho) e foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos no Paraná (Dieese-PR).

“Pela primeira vez em agosto a variação superou a marca de 1%”, comentou o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. Até então, a melhor marca havia sido registrada em 2003, quando foram criados 8.698 empregos. Em relação a agosto do ano passado, o número de empregos cresceu 117,89%. “Alguns segmentos já vinham com desempenho positivo, tanto puxados pelas exportações como pelo mercado interno”, afirmou. Segundo ele, o cenário político-econômico atual, com a inflação em queda, taxa de juros apesar de elevada, menor do que em 2003 e volume de crédito maior, tem contribuído para a geração de mais empregos.

Com o resultado de agosto, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Estado é de aproximadamente 1,709 milhão. Em julho, a estimativa era de 1,690 milhão. O Die-ese-PR estima que na Região Metropolitana de Curitiba a taxa de desemprego seja de 15%, o que corresponde a aproximadamente 200 mil desempregados.

No mês, os setores que puxaram o nível de emprego foram o comércio varejista (4.328 postos de trabalho), serviços gerais (2.384, sendo 1.576 na Região Metropolitana de Curitiba), indústria da alimentação e bebidas (1.740), construção civil (1.438) e indústria têxtil e vestuário (1.427). No mês, a maior parte dos empregos (68,48%) foi criada no interior do Estado.

No acumulado do ano (janeiro a agosto), o crescimento do emprego está concentrado em alguns ramos de atividades: no setor da indústria, destacam-se a indústria de alimentos e bebidas (20.527 postos de trabalho), madeira e mobiliário (6.806), têxtil e do vestuário (6.386) e material de transporte (3.929); no setor de serviços, os destaques são serviços gerais (10.019 empregos), hotéis e restaurantes (8.740) e transporte e comunicação (5.848); no setor de comércio, o varejista gerou 19.228 empregos e o atacadista, 4.902. Na agricultura, foram 15.888 postos de trabalho.

Comparação

Na comparação com outros estados da Região Sul, o Paraná apresentou o melhor desempenho tanto no mês como no ano. Em agosto, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram variação de 1,07% e 0,48%, respectivamente, enquanto o Paraná 1,12%. No acumulado do ano, o Paraná também apresentou o melhor desempenho: 7,91% de crescimento, contra 5,81% (SC) e 5% (RS).

Na comparação com todos os estados brasileiro, o Paraná ocupou a 11.ª posição na variação de emprego em agosto. Assim mesmo, ficou acima da média nacional (0,93%). No saldo de empregos, só perdeu para São Paulo (66.410 postos de trabalho).

No acumulado do ano, o desempenho do Paraná também ficou acima da média nacional (crescimento de 6,30%). Foi o terceiro estado a mais gerar empregos, atrás de São Paulo (543 mil) e Minas Gerais (225 mil).

Solenidade marca a vaga número 500 mil

O governador Roberto Requião participa amanhã em Ponta Grossa da solenidade que vai marcar a criação do emprego de n.º 500.000 no Paraná. Esse desempenho é o resultado dos programas de geração de novos postos de trabalho implantados pelo governo do Estado em janeiro de 2003, logo após a posse de Requião. O evento será realizado na empresa Águia Sistemas de Armazenagem, responsável pela contratação do trabalhador Miguel Dubek.

O novo funcionário é auxiliar de mecânico e vai trabalhar no setor de manutenção da empresa. O grupo Águia é uma empresa genuinamente paranaense e conta com 1.200 empregados. Nos últimos 20 meses, ampliou seu quadro de funcionários entre 10% a 15%. Desempregado há cerca de cinco anos, Dubek é um dos novos contratados da holding, que também controla uma reflorestadora e uma empresa do setor de química na região dos Campos Gerais.

Ranking

Dados do Ministério do Trabalho apontam que o Paraná está hoje entre os três Estados que mais geram empregos no País. Só nos primeiros oito meses, o Paraná criou 125 mil empregos com carteira assinada, o dobro do registrado em todo ano passado, quando o resultado foi de mais 62 mil trabalhadores no mercado. Desde que o governador Roberto Requião assumiu o governo do Estado já foram criados mais de 187 mil empregos com carteira assinada. Com isso, já são mais de 500 mil empregos formais e informais surgidos em todas as regiões do Estado, desde janeiro do ano passado.

A somatória dos empregos surgidos no Estado de janeiro a agosto representa um incremento de 7,91% sobre o número total de trabalhadores paranaenses com registro em carteira, calculado em cerca de 1,5 milhão. Do total de postos de trabalho surgidos neste ano em todo Paraná, 74,6% foram empregos criados no interior do Estado.

Segmentos

Entre os setores que mais estão gerando empregos neste ano no Paraná, o destaque fica com a indústria, responsável por 49.967 postos de trabalho de janeiro a agosto. Desse total, 20.527 ficaram com a indústria de alimentos e bebidas, 6.806 com o segmento de madeira e mobiliário, 6.386 com a indústria têxtil e de vestuário e 3.929 com a de material de transporte.

Em seguida, aparece o setor de serviços, com 30.472 novos empregos formais. Nesse setor, os melhores resultados ficaram com os segmentos de administração de imóveis (10.019), alimentos e manutenção (8.740), transporte e comunicação (5.848) e ensino (3.734).

O comércio surge em terceiro lugar com 24.130 novos empregos com carteira assinada, entre eles 19.228 no segmento varejista. Já a agricultura gerou 15.888 postos de trabalho. A indústria da construção civil, um dos melhores indicativos para a medição do crescimento da economia, apontou a geração de 3.075 empregos, dos quais 1.438 só em agosto. (AEN)

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