Nigéria provoca nova alta no petróleo

O preço do barril do petróleo cru chegou ontem a um pico de US$ 50,10 em razão da contínua preocupação com a situação de insegurança na Nigéria. O barril para entrega em outubro, negociado em Nova York, fechou em alta de 0,26%, cotado a US$ 49,64. Em setembro, o preço do barril acumulou alta de 17,85%. Em agosto, o preço fechou o mês em US$ 42,12.

O líder da organização rebelde Força Voluntária do Povo do Delta do Níger, Mujahid Dokubo-Asari, havia concordado anteontem com um cessar-fogo na Nigéria, após negociações sobre autonomia da região com o presidente do país, Olusegun Obasanjo. “É preciso haver um fim das hostilidades em ambos os lados. Fora isso, não concordamos com mais nada por enquanto”, disse Asari.

As negociações entre rebeldes e governo prosseguiam ontem, mas a Shell, que já havia retirado trabalhadores de suas unidades no delta do rio Níger, voltou a retirar funcionários da região.

Os rebeldes dizem lutar pela libertação do grupo étnico Ijaw. O governo do país diz que elas são, na verdade, uma gangue de contrabando de petróleo.

Anteontem, o barril chegou a atingir o recorde de US$ 50,47, maior valor do barril na história da Bolsa Mercantil de Nova York.

Tem havido poucas notícias positivas para tentar conter os preços. O crescimento de 3,4 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA na semana passada surpreendeu os investidores. Os estoques americanos chegaram a 279,9 milhões de barris com a alta divulgada anteontem (a primeira em nove semanas).

A Arábia Saudita anunciou uma elevação de sua cota de produção para 11 milhões de barris por dia e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vai aumentar em um milhão de barris por dia a cota de produção de todos os seus membros, mas as medidas não estão surtindo efeito.

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