Necessidade de financiamento fica em R$ 43 bilhões no 2º trimestre, diz IBGE

A necessidade de financiamento da economia nacional alcançou R$ 43 bilhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 54,5 bilhões no mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explicou que apesar da queda nos preços das commodities, a melhora no saldo externo de bens e serviços foi o fator preponderante na menor necessidade de financiamento.

O déficit externo de bens e serviços somou R$ 15,1 bilhões de abril a junho, um recuo de R$ 12,6 bilhões em relação ao segundo trimestre de 2014.

Já a renda líquida de propriedade enviada ao resto do mundo somou R$ 29,7 bilhões no período, um aumento de R$ 2,1 bilhões na comparação com o segundo trimestre do ano anterior. O envio de renda líquida tem um impacto negativo na necessidade de endividamento.

Turbulência

A turbulência tanto política quanto econômica está afetando a atividade, afirmou Rebec. Segundo ela, a conjuntura atual guarda algumas semelhanças em relação ao período da crise (2008/2009), mas também algumas diferenças.

“Tem coisas parecidas e tem coisas diferentes. Uma coisa que é fato é que, lá em 2008 e 2009, o consumo das famílias não tinha sido tão afetado, houve medidas para diminuiu efeito (da crise). A situação agora é um pouco diferente”, explicou.

“São momentos diferentes, mas ambos com turbulências internacionais. Obviamente que turbulência tanto política quando econômica está afetando atividade. É um movimento que está afetando a economia como um todo”, acrescentou a coordenadora.

Segundo Rebeca, todos os setores da atividade são afetados pela turbulência política, mas alguns com mais força. É o caso da construção civil, com destaque para os ramos ligados à infraestrutura, apontou. Além disso, a queda nos índices de confiança também influencia negativamente.

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