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Moody’s: Condições financeiras globais favoráveis devem apoiar crédito em 2018

As condições financeiras globais devem permanecer favoráveis ao crédito e à emissão de títulos neste ano, ao serem apoiadas por um crescimento econômico robusto e níveis de capital amplamente estáveis no setor bancário, de acordo com a agência de classificação de risco Moody’s. Além disso, a agência comenta que os riscos de queda nos preços dos ativos à medida que os bancos centrais retiram a acomodação “são superestimados”.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira, a agência comenta que os riscos do mercado financeiro global “permanecem moderados, com pouca mudança nas pressões subjacentes nos últimos seis meses”. Para o diretor-gerente da Moody’s, Colin Ellis, “nossa avaliação permanece praticamente inalterada diante da ausência de choques macroeconômicos importantes no âmbito financeiro e no político”.

O relatório ressalta que o crescimento econômico global se fortaleceu no ano passado e deve continuar robusto nos próximos dois anos, apoiando empresas e governos. No entanto, “os riscos permanecem e há incerteza decorrente dos desenvolvimentos geopolíticos na Península Coreana e no Oriente Médio, além do potencial de mudanças substanciais na política econômica americana”. Para a Moody’s, enquanto os setores bancários globais parecem amplamente estáveis, existem alguns pontos de risco – principalmente na América Latina, na África e no Oriente Médio.

“Os preços globais dos ativos continuaram a subir ligeiramente no segundo semestre deste ano, impulsionados pelos preços das ações, enquanto os preços dos títulos soberanos se enfraqueceram ainda mais”, afirma a agência. Para ela, embora os preços dos ativos possam recuar à medida que o relaxamento quantitativo (QE) é retirado, “isso não implica em uma bolha”.

A Moody’s aponta que, enquanto os mercados de ações “não parecem particularmente sem substância em uma base global, os EUA se destacam como uma exceção, com métricas de preço-lucro sugerindo uma sobrevalorização”. No entanto, a agência lembra que essas medidas não representam um declínio nos rendimentos de referência. “Com base em nossas análises, os preços dos ativos geralmente não se mostram inflados em uma base global”, afirma Ellis. Para ele, o QE parece não ter gerado grandes bolhas de ativos e os riscos decorrentes da queda nos preços “são superestimados”.

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