O secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, se reúne nesta segunda-feira (28) com organizações sindicais para estudar o reajuste do novo salário mínimo do Paraná, atualmente o maior do País. Representantes do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) também participam da discussão.
Romanelli já adiantou que a proposta do índice de aumento será bem fundamentada em números e na realidade econômica do Estado. Em entrevista a O Estado na última terça-feira (22), o secretário do Trabalho disse que o salário mínimo regional vai sofrer correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e deve ter mais um acréscimo com base no crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) de 2010.
Preocupados com o aumento do mínimo regional, representantes das indústrias do Paraná alegam que dependendo da decisão, o Estado pode perder competitividade. O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), Darci Piana, chegou a cogitar a possibilidade de haver demissão de trabalhadores se o mínimo regional sofrer um novo reajuste. “Outros estados, com salário menor, podem oferecer produtos com preço também menor. Algumas indústrias do setor automotivo, por exemplo, não vêm para o Paraná por causa do salário mínimo e podemos perder ainda mais com isso”, alega.
O governo estadual pretende enviar a mensagem com o reajuste do salário mínimo regional até o fim de março para a Assembleia Legislativa do Paraná. Hoje com cinco faixas, variando de R$ 663,00 a R$ 765,00, o salário mínimo deve ter aumento de 7% a 9%.