Metalúrgicos do Paraná obtêm reposição de perdas

Os metalúrgicos do Paraná anunciaram um acordo salarial inédito e tão vantajoso quanto o dos metalúrgicos paulistas. Pela primeira vez, o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (PR) negociou a campanha salarial dos trabalhadores de montadoras instaladas no Paraná com a bancada patronal do Sinfavea (sindicato que reúne as montadoras). Antes, eles só conseguiam fazer acordos separados com as três fábricas do Paraná Volkswagen/Audi, Volvo e Renault.

Na convenção coletiva inédita de Curitiba, os metalúrgicos conquistaram um reajuste salarial igual ao dos metalúrgicos de montadoras do Estado de São Paulo: 10,9% (reposição integral da inflação de 12 meses), mais aumento real de 3,99%. A negociação do Sinfavea com o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, filiado à Força Sindical, teve o apoio dos metalúrgicos da CUT de São Paulo.

Os metalúrgicos do ABC paulista ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, caso as bancadas patronais de fundição e dos grupos 9 e 10 não apresentem propostas de reajuste salarial até esta sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, cerca de 550 trabalhadores das indústrias Ottis e Makita, ambas do grupo 9, com sedes em São Bernardo do Campo, cruzaram os braços ontem, das 7h às 10h. Em Diadema, os cerca de 180 trabalhadores da Selmec, também do Grupo 9, ficaram parados uma hora. Nas três fábricas, foi votada e aprovada por unanimidade a possibilidade de greve geral.

Haverá assembléia na sexta-feira, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os trabalhadores do grupo 9 são de trefilação e laminação de metais ferrosos, máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos e similares, refrigeração, esquadrias e outros. Os do grupo 10 são de lâmpadas, rolhas metálicas, aparelhos elétricos de iluminação e artefatos de ferro.

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