Metade do que é pago no mercado é destinado ao pagamento de impostos

Sete em cada 10 brasileiros acreditam que não pagam impostos, simplesmente por não arcarem com os chamados tributos diretos como Imposto de Renda (IR), Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) ou Imposto sobre a propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Não é por acaso que, nos últimos anos, vários movimentos da sociedade civil organizada estão voltados a esclarecer a população sobre o peso dos impostos indiretos no orçamento familiar. Com base nos cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a Tribuna foi ao supermercado para verificar como aliviar o impacto “da mordida do leão” sobre as compras.

Com a ajuda da dona de casa Elizete Simoni Teixeira foi possível notar que mesmo para quem já assimilou que os impostos estão por toda parte e fazem grande diferença no total a ser desembolsado, isso ainda não é aproveitado de modo a fazer o dinheiro render mais.

“ Vou ao mercado semanalmente para repor o que está faltando, mas sinceramente não sei quanto de imposto está em cada produto que estou levando, só sei que é bastante”, desconfia Elizete. Nesta semana, o total gasto na compra foi R$ 493,97. Pelo menos R$ 200 foram valores deixados para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Categorias

Dentre os 108 itens que aparecem na nota da compra, dá para subdividir os produtos escolhidos em quatro categorias: in natura (frutas, verduras, leite e carnes), alimentos industrializados (sucos, iogurtes e congelados), materiais de limpeza (detergente) e equipamento doméstico (lâmpadas elétricas). Diante disso, fica fácil visualizar que parte das escolhas poderia ser substituída de forma a garantir menos impostos na compra de Elizete.