Mercado volta a apontar queda na taxa Selic

Brasília (AE) – O mercado financeiro retomou a perspectiva de baixa para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, no fim deste ano. Na pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), as previsões para a Selic do fim de 2007 dos economistas das 100 instituições financeiras consultadas recuaram de 11,75% para 11,50% ao ano.

O recuo coincidiu com a divulgação na semana passada da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em que o ritmo de queda da taxa Selic foi reduzido de 0,50 para 0,25 ponto porcentual. Há quatro semanas, estas estimativas estavam em 11,75% ao ano.

As apostas de taxa média de juros para este ano, por sua vez, não se alteraram e prosseguiram estáveis em 12,22% ao ano.

Os especialistas também acreditam em um resultado menor para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para balizar a meta oficial de inflação, em relação à pesquisa Focus da semana passada. De acordo com o BC, o mercado financeiro acredita que o IPCA de 2007 será de 4,07%, ante 4,09% previsto anteriormente.

Há quatro semanas, essas apostas estavam em 4%. No Top 5, as projeções das cinco instituições que mais acertam suas apostas caíram de 4,12% para 4,06% no cenário de médio prazo. Essa foi a segunda baixa consecutiva seguida dessas previsões, que estavam em 3,80% há quatro semanas. Nos dois casos, as projeções do IPCA para este ano estão abaixo da meta central de 4,50%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para o mês de janeiro, as estimativas de IPCA subiram de 0,47% para 0,48%. Para fevereiro, as previsões IPCA ficaram estáveis em 0,48%. A estabilidade pôs fim a uma série de três elevações seguidas dessas estimativas, que estavam em 0,44% há quatro semanas.

Para os preços administrados, as projeções de alta este ano continuam estáveis em 4% pela segunda semana consecutiva.

Câmbio

Para a taxa de câmbio, as apostas do mercado financeiro no final deste mês recuaram de R$ 2,15 para R$ 2,14. O recuo ocorreu após três semanas de estabilidade destas previsões em R$ 2,15. Para o fim do ano, as estimativas de câmbio seguiram estáveis em R$ 2,20 pela quarta semana consecutiva.

IGPs

As previsões do mercado financeiro para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) deste ano subiram de 4,22% para 4,25%. Apesar da alta, o porcentual estimado ainda é menor que os 4,30% previstos há quatro semanas.

As estimativas de variação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em 2007 aumentaram na mesma pesquisa do BC de 4,18% para 4,25%. Esta foi a segunda alta consecutiva destas previsões, que estavam em 4,29% há quatro semanas.

De acordo com o levantamento, as projeções de mercado para a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) neste ano aumentaram, ao mesmo tempo, de 3,95% para 3,97%.

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