Melhora índice de desenvolvimento social do Centro-Oeste

São Paulo – O Centro-Oeste se aproximou do Sul e do Sudeste em desenvolvimento social de 1995 a 2005. Já o Norte e o Nordeste ainda continuam bem distantes, embora esta última seja a região que mais evoluiu proporcionalmente no período. Estes são os principais resultados, por enquanto, do Índice de Desenvolvimento Social (IDS) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado ontem. O índice é formado a partir de dados de saúde, educação e renda da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todas as regiões melhoraram suas condições de vida no período, mas não uniformemente, de acordo com o IDS. O índice vai de zero – a pior possibilidade – a 1 – a melhor.

De 1995 a 2005, o IDS do Nordeste subiu de 0,13 para 0,30. ?Houve aumento de rendimento, mas o que explica (esse aumento) é educação e saúde?, disse o superintendente da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, Ernani Torres, ao divulgar o índice.

Já o índice do Norte, passou apenas de 0,32 para 0,36. A região chegou a sofrer queda em indicadores de saúde e educação entre 2003 e 2005, destoando do movimento de progressivo aumento nesses dois indicadores nas demais regiões. ?Chegou a ocorrer uma involução da cobertura de esgoto na região metropolitana de Belém, como se a população tivesse aumentado e a rede de esgoto não?, disse Francisco Marcelo Rocha Ferreira, um dos autores do estudo sobre o assunto.

O IDS do Centro-Oeste, que em 1995 era de 0,44, relativamente próximo do índice da região Norte, cresceu para 0,61. ?O Centro-Oeste sofreu profunda mudança nesse período?, disse Ferreira. Foi a região onde houve maior crescimento da renda, com esse indicador específico saltando de 0,52 para 0,68. O estudo não investigou as causas disso, mas é possível a influência do agronegócio, que cresceu muito na região no período.

Sul e Sudeste

O IDS do Sul cresceu de 0,54 para 0,68 de 1995 a 2005 e o do Sudeste passou de 0,64 para 0,74. Essas regiões mantiveram suas posições no ranking das melhores condições sociais e melhoraram indicadores de educação e saúde. Já no caso da renda, o indicador do Sul crescem de 0,62 para 0,72 e o do Sudeste começa e termina o período inalterado, em 0,76, embora com altos e baixos no período de dez anos abrangidos no estudo.

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