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Markit: PMIs de serviços e composto têm em agosto níveis mais altos em 3 meses

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do Brasil subiu para 49,0 em agosto de 48,8 em julho. O PMI composto, que inclui serviços e o setor produtivo, avançou de 49,4 em julho para 49,6 em agosto. Os dois indicadores atingiram no mês passado o nível mais alto em três meses, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira, 5.

Apesar da alta, o PMI composto e o de serviços do Brasil ainda estão abaixo do patamar de 50 pontos. Números abaixo deste nível, de acordo com a metodologia da IHS Markit, indicam contração da atividade, enquanto valores acima sugerem expansão. Ao se aproximar de 50, o relatório ressalta que a atividade no Brasil reduziu o ritmo de queda.

“A desaceleração na atividade do setor brasileiro de serviços atenuou-se mais uma vez em agosto, aproximando ainda mais o setor de uma estabilização”, ressalta a economista da instituição, Pollyanna De Lima, ao comentar os dados brasileiros no relatório. “A melhoria nas expectativas dos provedores de serviços para o futuro, atingindo o seu ponto mais alto em quase um ano, é uma notícia positiva, mas o quadro geral continua sendo de um percurso acidentado para a prosperidade econômica”, observa a economista.

“O setor brasileiro de serviços se aproximou mais ainda de uma estabilização em agosto, com o segundo aumento mensal consecutivo de novos trabalhos contribuindo para uma queda mais fraca no volume de produção”, destaca o relatório. Analisando as expectativas para o futuro, os entrevistados pela IHS Markit do setor de serviços esperam um nível mais elevado de atividade nos próximos doze meses. Além disso, o nível de otimismo foi o mais forte desde setembro de 2016. As entrevistas foram conduzidas entre os dias 11 e 25 de agosto.

No caso do PMI composto, a Markit nota que em comparação com a tendência observada para o setor de serviços, os fabricantes registraram um crescimento adicional na produção. “Apesar do aumento na quantidade de novos trabalhos, as empresas de serviços continuaram a relatar capacidades ociosas em agosto”, destaca o relatório.

Os níveis de funcionários nas empresas de serviço diminuíram pelo trigésimo mês consecutivo, refletindo, entre outros fatores, o corte de custos. Os empregos no setor industrial também diminuíram, embora no ritmo mais fraco no atual período de trinta meses de contração.

A Markit nota que as empresas de serviços mantiveram uma visão otimista em relação às perspectivas de crescimento. “Quase 62% dos entrevistados relataram expectativas positivas em relação às perspectivas de atividade de negócios daqui a um ano, com o otimismo sendo impulsionado por previsões de melhores condições de mercado, novas propostas, maiores investimentos e taxas de juros menores.”

Com isso, o nível de sentimento positivo atingiu um recorde de alta de 11 meses. Ao contrário, o otimismo entre os produtores de mercadorias diminuiu ajudado por preocupações com questões políticas e com a eleição presidencial de 2018. Em média, os fabricantes se mostraram os menos otimistas desde abril de 2016.

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