Malan descarta acordo de longo prazo com FMI

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, garantiu hoje (26) que ?não faltará apoio internacional ao Brasil? para superar as atuais dificuldades econômicas. Ele confirmou que há conversas em andamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e uma clara disposição do organismo de ajudar o País. No entanto, Malan não adiantou detalhes das hipóteses que estão sendo analisadas. ?Todas as possibilidades estão em aberto?, comentou.

O ministro confirmou que as conversas dele e de sua equipe com governos de outros países – que não identificou – e com o FMI intensificaram-se nos últimos dias. ?O apoio internacional não faltará e o governo não deixará de tomar as decisões que lhe pareçam apropriadas.? Malan pediu serenidade diante da crise, explicando que a assinatura de um novo acordo com o Fundo não é algo que se resolva em ?dois ou três telefonemas?. ?Há um processo em curso?, insistiu.

Embora evitando entrar em pormenores das negociações, o ministro da Fazenda disse que a possibilidade de ser assinado um acordo de longo prazo com o FMI está descartada, nesse momento, já que o atual governo tem apenas cinco meses de mandato. ?Acordos de três anos ou dois anos estão absolutamente fora de cogitação?, afirmou. Segundo Malan, ?é natural um certo cuidado de não comprometer excessivamente uma futura administração?. Ele admitiu, no entanto, que o acordo poderia se prolongar por pelo menos parte do ano de 2003.

O ministro disse ainda que não acha necessário repetir o modelo adotado em 1998, quando o Brasil recebeu US$ 42 bilhões para enfrentar as turbulências provocadas no mercado pela crise russa. Naquele ano, além de recursos do FMI, o País contou com suporte financeiro de instituições oficiais de vários países, do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)  que ofertaram US$ 20 bilhões em linhas de crédito.

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