Mais empresas do setor de saúde devem abrir capital

O presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fausto Pereira dos Santos, estima que "pelo menos uma dezena" de empresas do setor estão avaliando a possibilidade ingressar no mercado de ações nacional, seguindo os passos da Odontroprev, Medial Saúde e Dasa. A Amil, uma das maiores do setor, já protocolou o processo de abertura de capital junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Muitas empresas do setor têm consultado a agência dizendo que estão se preparando para abrir o capital, mas não sei quantas concluirão o processo", ressalvou Santos.

O presidente da ANS disse que vê "com bons olhos" essa decisão, já que isso exige melhores práticas de governança corporativa e mais transparência. "O risco é a empresa só olhar para os resultados financeiros e não cuidar da saúde, mas as empresas brasileiras melhoraram muito nos últimos anos. O ideal é a busca de um equilíbrio", defendeu. Segundo dados da ANS, órgão do governo responsável pela regulamentação e fiscalização do setor, o Brasil conta com cerca de duas mil empresas na área, incluindo as operadoras de planos e seguro saúde, odontológicos, autogestão, cooperativas, empresas de medicina de grupo, além das entidades filantrópicas.

Pelos dados da ANS, o mercado movimenta cerca de R$ 40 bilhões por ano, abrangendo 45,9 milhões de pessoas e continua se expandindo. No primeiro trimestre, por exemplo, o mercado registrou crescimento de 1,7% em relação a dezembro do ano passado. Em 2006, o setor cresceu 8,1%, agregando mais 4,1 milhões de novos associados.

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