Lula reclama de “aperto” e pede criatividade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a sugerir “criatividade” a sua equipe ministerial para driblar o “aperto” financeiro refletido na proposta orçamentária para 2004. “Não temos o direito de ficar reclamando o dinheiro que nós não temos. Temos que fazer como faz uma dona de casa ou um casal quando no final do mês recebe menos do que precisava, e às vezes menos do que merecia. Com aquele dinheiro decidem como fazer a sua família sobreviver”, disse.

Lula argumentou que não é possível para nenhum governo resolver todos os problemas do País se não tiver habilidade política para envolver a sociedade, afim de fazer o que o Estado não pode fazer. “Temos que colocar nossa criatividade acima dos recursos que nós temos”, afirmou.

O “recado” aos ministros foi dado durante solenidade, ontem, de lançamento do programa Petrobras Fome Zero, que irá destinar R$ 303 milhões para atividades sociais até 2006.

Na platéia estavam os ministros Cristovam Buarque (Educação), Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social), Miro Teixeira (Comunicação), Celso Amorim (Relações Exteriores), Agnelo Queiroz (Esporte), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), além de Dilma Rousseff (Minas e Energia) e José Graziano (Segurança Alimentar), que acompanharam o evento ao lado do presidente.

Fome

O presidente voltou a pedir a participação da sociedade brasileira no combate aos principais problemas do país, entre eles, a fome. Segundo Lula, nenhum governo pode resolver os problemas de uma nação se não tiver a habilidade política de envolver a sociedade para fazer o que o Estado não tem condições de realizar sozinho.

“O Estado pode menos do que as pessoas pensam que ele pode, mas o poder de indução do Estado é tão grande que, se for feita a política correta de envolvimento da sociedade, eu não tenho dúvida nenhuma que a gente consegue fazer o milagre de acabar com a fome neste país”, afirmou.

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