Lula entra na briga do mínimo

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ontem, no almoço com líderes da base aliada, que pode intervir para aprovação da Medida Provisória que fixa o novo salário mínimo em R$ 260. “O presidente sinalizou que se for necessário, pode intervir”, disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC). Caberá, no entanto, ao ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, a tarefa inicial de “convencer” os senadores a aprovar a MP. O presidente Lula será “acionado” se for necessário.

A expectativa dos líderes é que a MP seja votada até quarta-feira, dia 16. Isso porque a medida passa a trancar a pauta de votações a partir de semana que vem. E o fato de o segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Vereadores ter ficado também para a próxima semana contribuiu para a votação do salário mínimo, a fim de abrir espaço à PEC. O governo sabe da dificuldade em aprovar a MP no Senado, mesmo após a vitória na Câmara. No Senado, a base aliada é mais fragilizada e as negociações acabam sendo mais complicados.

O senador Paulo Paim (PT-RS), por exemplo, confirmou ontem que pretende votar contra a MP. A líder do PT, no entanto, avisou que o partido vai fechar questão a favor dos R$ 260 e que o parlamentar contrário a esse valor terá sua situação “analisada” pelo partido. “É inaceitável que o partido do presidente não dê sustentação ao seu governo”, disse a líder petista.

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