Lucro do Itaú Unibanco sobe 15,5% no ano

O Itaú Unibanco divulgou hoje seu balanço referente ao período acumulado de janeiro a setembro deste ano. O banco teve lucro líquido de R$ 6,853 bilhões, um aumento de 15,5% ante os R$ 5,931 bilhões de igual período de 2008. Os ativos totais aumentaram 53,7%, para R$ 612,398 bilhões, e o resultado bruto da intermediação financeira foi de R$ 24,245 bilhões, com alta de 107,43%. O resultado operacional somou R$ 14,487 bilhões, com crescimento de 85,32%.

O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco de janeiro a setembro deste ano foi de R$ 7,7 bilhões, com rentabilidade anualizada de 22,2% ante o patrimônio líquido médio. As informações constam de breve comentário enviado pelo banco ao mercado. O patrimônio líquido consolidado totalizava R$ 48,9 bilhões no fim de setembro de 2009. O Índice de Basileia (indicador que mede a relação entre o capital da instituição e o volume de recursos emprestado) era de 16,3% no fim de setembro, com base no consolidado econômico-financeiro.

Os ativos consolidados atingiram R$ 612,4 bilhões em 30 de setembro, o maior entre os conglomerados financeiros privados da América Latina. A carteira de crédito, incluindo avais e fianças, atingiu R$ 268,7 bilhões, com crescimento de 5,5%. No Brasil, a carteira de crédito livre para pessoa física atingiu R$ 98,4 bilhões, com crescimento de 6,3%. Por sua vez, o segmento de grandes empresas atingiu R$ 90,3 bilhões, e o de micro, pequenas e médias empresas atingiu R$ 56,7 bilhões, com crescimento de 18,1%.

O lucro líquido da controladora do Itaú Unibanco caiu 11% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2008, para R$ 2,268 bilhões. O lucro recorrente foi de R$ 2,687 bilhões, com alta de 0,37%. O resultado bruto da intermediação financeira foi de R$ 8,140 bilhões e o resultado operacional totalizou R$ 4,840 bilhões.

Inadimplência

O Itaú Unibanco apresentou uma taxa de inadimplência de 5,9% em setembro deste ano, acima dos 3,8% registrados em igual mês de 2008, considerando os atrasos superiores a 90 dias. O índice também é superior aos 5,4% do final do segundo trimestre. Entre as pessoas físicas, a inadimplência chegou a 8,1% no final de setembro, índice estável em relação ao trimestre anterior e superior aos 6,4% registrados em igual mês do ano passado. Entre as empresas, o avanço foi maior, de 1,2% em setembro de 2008 para 4,1% ao final do terceiro trimestre. Em junho, os créditos em atrasos há mais de 90 dias representavam 3,1% do total de empréstimos às pessoas jurídicas.

Na avaliação da instituição financeira, a estabilidade no índice indica que o “pior momento do atual ciclo de crédito foi ultrapassado”. No entanto, o banco considera que, para as empresas, os reflexos da crise financeira ainda afetam a qualidade de risco de crédito dessas companhias. Apesar da elevação dos atrasos acima de 90 dias, o Itaú Unibanco vê uma melhora nos empréstimos entre 60 e 90 dias. Nesse indicador, a taxa de inadimplência era de 1,1% em setembro, ante 0,8% no mesmo mês de 2008 e 1,3% em junho de 2009.

Para arcar com esses atrasos, o Itaú Unibanco registrou uma despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) de R$ 4,299 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Já no ano, essa despesa chegou a R$ 12,383 bilhões, uma elevação de 57,6% em relação aos nove primeiros meses de 2008.