Licenciamento de veículos recua 11,7%

São Paulo (AE) – O número de licenciamentos de veículos nacionais leves e comerciais de passeio no mês de setembro caiu 11,7% em relação a agosto, totalizando 138.571 unidades, segundo dados divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na comparação com setembro de 2005, o volume licenciado subiu 7,2%. No acumulado dos primeiros nove meses do ano (janeiro a setembro), houve uma variação positiva de 9,8%, somando 1.211.888 unidades.

A produção de automóveis no Brasil recuou 14,8% em setembro ante agosto, totalizando 177.721 unidades. Em relação a setembro do ano passado, a queda foi de 4,2%. No período de janeiro a setembro, foram produzidas 1.706.258 unidades, com alta de 2,9%.

Segundo a Anfavea, as exportações totais de automóveis (montados e desmontados) caíram 2,9% em setembro sobre o mês anterior, totalizando 70.881 unidades. Na comparação com o mesmo mês de 2005, a queda foi de 12,9%. No acumulado do ano até setembro, as vendas externas somaram 643.407 unidades, equivalente a um recuo de 5,7% sobre igual período do ano passado.

O presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, creditou a queda no volume de licenciamentos de automóveis em setembro à redução do número de dias úteis do mês, ressaltando que a tendência para o mercado interno continua sendo de crescimento. O executivo destacou que no acumulado até setembro, o número de licenciamentos total de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) chega a 1,2 milhão de unidades, o que representa uma expansão de 10,5%. Os números incluem também automóveis ou veículos importados.

Segundo o executivo, a manutenção do ritmo de crescimento está diretamente atrelada à expansão dos financiamentos e à redução da taxa básica de juros. Golfarb exemplifica que, em janeiro do ano passado, a taxa média de juros praticada no mercado nacional era de 2%, ante uma taxa em setembro de 1,77%

Outro dado que reforça esse movimento é o porcentual de pessoas que fazem financiamentos com prazo acima de 36 meses. No início do ano, o índice era de 33%, subindo para 40% em setembro. ?O aumento do prazo de financiamento reduz o valor das prestações de modo a fazer com que a mesma caiba no bolso do consumidor, puxando a demanda?, disse.

O presidente da Anfavea admitiu ainda que a previsão inicial de crescimento das vendas no mercado doméstico para 2006 de 7,1% poderá ser revista para cima. ?Vamos esperar mais um mês para rever as projeções de vendas de 2006 para o mercado interno?, disse.

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