Juro de empréstimo pessoal subiu 16,6% em 2008

Os bancos apertaram o cinto na concessão de crédito e os clientes pessoa física que precisaram recorrer ao empréstimo pessoal verificaram elevação ininterrupta dos juros praticados ao longo de 2008. Durante o ano, a taxa média para a modalidade cresceu 16,6%, informou levantamento divulgado nesta segunda-feira (22) pela Fundação Procon-SP. Em janeiro, o juro médio para empréstimo pessoal correspondia a 5,36% ao mês, e ao fim do ano alcançava os 6,25% ao mês.

A taxa média praticada pelos bancos em 2008 para empréstimo pessoal correspondeu a 5,72% ao mês, um acréscimo de 0,40 ponto na comparação com a média do ano passado (5,32% ao mês). A instituição que apresentou a maior taxa média anual foi o Unibanco, com 6,55% ao mês, enquanto a menor foi praticada pela Caixa Econômica Federal: 4,49% ao mês.

Cheque especial

No caso do cheque especial, crédito pré-aprovado que os bancos colocam à disposição dos clientes, a taxa média de juros iniciou o ano no patamar de 8,21% ao mês e alcançou 9,33% ao mês em dezembro, com variação positiva de 13,64% durante 2008.

A média anual foi de 8,73% ao mês, indicando um acréscimo de 0,49 ponto porcentual em relação à taxa média de 2007, que correspondia a 8,24% ao mês. O banco que apresentou a maior taxa média anual para cheque especial foi o Banco Safra, com 11,34% ao mês. A menor, de 7,59% ao mês, foi praticada pela Caixa Econômica Federal.

De acordo com o levantamento, a trajetória dos juros bancários para empréstimo pessoal e cheque especial foi fundamentalmente de alta em 2008, ao contrário do que ocorreu em 2007, ano marcado por relativa estabilidade.

Diante desse quadro, o Procon-SP orienta o consumidor que pretende recorrer a empréstimos a tomar alguns cuidados, como comparar as modalidades oferecidas pelos bancos, analisar os juros, prazo e todas as despesas de contratação. Também é recomendável evitar o rotativo do cartão de crédito e o limite do cheque especial, operações com taxas ainda mais altas.

Na pesquisa anual de juros bancários, o Procon-SP considerou as taxas praticadas por dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.