Itambé anuncia novos investimentos no Estado

A exemplo de gigantes como a Votorantim e a Camargo Corrêa, a Itambé – instalada no Paraná há 31 anos – também anunciou investimentos para aumentar a produção de cimento.

O alvoroço entre as cimenteiras tem explicação: o crescimento da construção civil está a todo vapor, e ninguém quer perder espaço no mercado.

?Temos capacidade de atender o mercado até 2010. Para não perdermos mercado, vamos construir mais um forno?, anunciou ontem o diretor superintendente da Cia de Cimento Itambé, Paulo Procopiak de Aguiar.

Segundo ele, o novo forno – que a princípio será construído na fábrica em Balsa Nova – vai custar aproximadamente R$ 320 milhões e deve entrar em operação no segundo semestre de 2011.

Os investimentos totais devem chegar a R$ 400 milhões e incluem ainda a ampliação de moagem e a instalação de um centro de distribuição no sul de Santa Catarina. ?O problema de logística é sério. E para comprar caminhões e carretas o tempo de espera é muito longo?, disse. Parte do investimento, segundo Procopiak, deve vir de recursos próprios da empresa e outra parte de investimentos de longo prazo, como via BNDES.

Só a Itambé aumentou em 30% a produção de cimento no primeiro semestre desse ano contra o mesmo período do ano passado. A intenção é fechar o ano com a produção de 1,150 milhão toneladas de cimento -um recorde histórico.

Até então, o melhor ano havia sido o de 98, quando a produção da empresa chegou a 952 mil toneladas. No ano passado, quando a construção civil começou a retomar o crescimento, a produção da empresa chegou em números próximos: 940 mil toneladas.

Segundo Procopiak, as instalações atuais – compostas por dois fornos – têm capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. Com o novo forno, a produção da Itambé deve praticamente dobrar – o equipamento tem capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas de cimento por ano.

Em 2007, o faturamento da Itambé foi de R$ 308 milhões. Para este ano, a expectativa é fechar em R$ 390 milhões. ?Estamos recuperando anos de pasmaceira?, disse o superintendente. A empresa tem participação de 15% no mercado onde atua – região sul – e de 40% no Paraná.

?Procuramos o consumidor técnico?, disse Procopiak, referindo-se a clientes como construtoras, empresas de estrutura de concretos e outras do ramo. Segundo ele, concorrer no varejo com a líder Votorantim, por exemplo, significaria ?ter o mesmo custo de publicidade e um retorno menor?. 

Voltar ao topo