Ipea eleva previsão de alta do PIB para 5,2% em 2007

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), núcleo de assuntos estratégicos da Presidência da República, divulgou nesta quarta-feira (19) o primeiro número da Carta de Conjuntura, publicação que substitui o antigo Boletim de Conjuntura trimestral. O documento de 18 páginas, traz novas projeções para a economia, porém em quantidade bem menor que a do antigo boletim, que tinha mais de 200 páginas.

O Ipea elevou a projeção para o crescimento do PIB em 2007 de 4 5% para 5,2%. A taxa de investimentos medida pela formação bruta de capital fixo (FBCF) teve sua previsão de aumento elevada de 10% para 12,3%. O consumo privado teve variação revista para baixo, de 6,2% para 5,9%, enquanto o consumo do governo teve variação estimada ampliada de 3,2% para 3,9%.

As exportações de bens e serviços, tal como calculadas no PIB, tiveram sua variação estimada reduzida de +6% para +5,5%, enquanto a previsão para as importações passou de alta de 21% para 20,4%.

Os três setores da economia tiveram suas previsões de expansão aumentadas: agropecuária (de 3% para 4,3%); indústria (4,8% para 4,9%) e serviços (de 4,2% para 4,7%). A previsão do Ipea para o crescimento da produção industrial, tal como na pesquisa industrial mensal/produção física (PIM/PF), foi ampliada de 5,2% para 6,0%.

O Ipea também aumentou a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 4% para 4,3%.

As exportações foram ligeiramente revistas de US$ 159,1 bilhões para US$ 160 bilhões. A previsão para as importações subiu de US$ 116,4 bilhões para US$ 120,5 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial, que era previsto no último Boletim de Conjuntura, de setembro, em US$ 42,7 bilhões, caiu para US$ 39,5 bilhões. O saldo em conta corrente baixou de US$ 9,7 bilhões para US$ 8 bilhões.

O Ipea não fez nenhuma projeção para 2008.

Junto com a Carta de Conjuntura, o Instituto divulgou também o primeiro número do indicador Ipea de produção industrial mensal, que projeta expansão de 5,4% da indústria em novembro deste ano em relação a igual período do ano passado. O indicador considera como antecedentes o fluxo de veículos pesados em rodovias concedidas; a produção de papelão; a produção de veículos automotores; e a carga de energia do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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