IPCA-15 de Curitiba é o mais alto em fevereiro

Com variação de 1,73%, Curitiba registrou em fevereiro a maior variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15). A inflação nacional fechou em 0,90%, superando em 0,22 ponto percentual o resultado de janeiro (0,68%). No ano, o índice acumulou 1,59% e, nos últimos doze meses, 7,09%. O IPCA-15 é calculado com a mesma metodologia do IPCA – indicador usado como referência para as metas de inflação – porém com período de coleta diferenciado. Os preços para o IPCA-15 de fevereiro foram pesquisados entre 15 de janeiro e 10 de fevereiro e comparados com os preços vigentes de 10 de dezembro de 2003 a 14 de janeiro de 2004.

No País, o aumento do IPCA-15 em relação a janeiro foi motivado principalmente pelo aumento das mensalidades escolares (8,71%), que provocaram impacto de 0,31 ponto percentual no índice de fevereiro. Também influenciaram os reajustes de energia elétrica (de 0,91% para 1,36%), taxa de água e esgoto (de 0,28% para 1,37%), gás de cozinha (de 0,20% para 1,14%), automóveis novos (de 0,84% para 1,38%) e usados (de 1,46% para 1,78%). Com as liquidações de final de estação, caíram os preços do grupo vestuário (de 0,80% para -0,11%). Também tiveram queda artigos de limpeza (de 0,36% para -0,34%) e de higiene pessoal (de 0,31% para -0,62%).

Os alimentos encareceram 0,65% (contra 0,62% em janeiro). Alguns produtos subiram em função do excesso de chuvas, como feijão carioca (de 0,21% em janeiro para 20,54% em fevereiro) e da batata-inglesa (de -2,53% para 5,18%). Porém a desaceleração nas variações de outros itens acabou reduzindo o impacto dos aumentos, como tomate (de 16,65% para 4,57%), hortaliças (de 4,09% para 2,92%), peixes (de 5,91% para 1,74%) e arroz (de 3,94% para 1,65%). As frutas (de 2,75% para -0,02%) e o óleo de soja (2,77% para -0,05%) ficaram relativamente estáveis, enquanto o açúcar refinado (de -5,04% para -10,72%) apresentou queda mais acentuada de um mês para o outro.

Curitiba

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, seis tiveram aumentos superiores à média nacional em Curitiba. O principal impacto na inflação curitibana veio do grupo Habitação (3,27% – contra 0,78% no País), em função das elevações de 14,06% na taxa de água e esgoto e de 7,86% na energia elétrica). Também contribuiu para a alta no IPCA-15 o grupo Transportes (0,74% – ante 0,25% no País), motivado pelo reajuste do ônibus urbano, que vigorou dois dias (1,21%) e aumentos da gasolina (3,80%) e do álcool (1,12%) bem acima do patamar nacional (0,61% e 1,12%, respectivamente).

Também com variações acima da média aparecem: Artigos de residência (1,07%/ 0,75%), Vestuário (0,57%/ -0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58%/ 0,16%), Despesas pessoais (1,65%/ 0,61%). Com desempenho inferior ao nacional, figuram: Alimentos e bebidas (0,32%/ 0,65%), Educação (6,43%/ 6,89%) e Comunicação (0,05%/ 0,10%).

O IPCA-15 mede o custo de vida para famílias com rendimento monetário de um a quarenta salários-mínimos. Em fevereiro, a menor taxa foi registrada em Porto Alegre (0,64%). Nas outras capitais, os índices foram os seguintes: São Paulo (0,68%), Salvador (0,69%), Belém (0,93%), Rio de Janeiro (1,02%), Belo Horizonte (1,12%), Recife (1,12%), Brasília (1,19%), Goiânia (1,34%) e Fortaleza (1,37%).

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