IPCA-15 chega a 4,56% em Curitiba

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em Curitiba já atingiu, no acumulado do ano, a meta estabelecida para 2010 no País. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem que o indicador, em outubro, teve uma variação de 0,68% (após 0,40% em setembro), elevando o índice do ano a 4,56%. As taxas nacionais ficaram, respectivamente, em 0,62% e 4,17%.

A meta para a inflação do ano, estabelecida pelo Banco Central, é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais. Em 12 meses, Curitiba tem taxa de 5,36% e a média nacional é de 5,03%.

Apesar de acima da média das capitais pesquisadas, a taxa curitibana de outubro foi apenas a sétima mais alta. A maior taxa ficou com Belo Horizonte (0,84%) e a menor, com Salvador (0,18%).

Já no acumulado do ano o índice, em Curitiba, é o terceiro mais alto. Fica atrás apenas de Belém (4,69%) e Rio de Janeiro (4,66%). A menor variação é a do Recife (2,87%).

O índice de outubro sofreu forte influência dos alimentos, que voltaram a pressionar a inflação, a exemplo do que ocorreu no primeiro semestre. Em Curitiba, o grupo de alimentação e bebidas teve variação média de 1,86%.

Se considerados apenas os produtos comprados para serem consumidos em casa, a taxa foi ainda maior, de 2,17%. Em 2010, o índice do grupo já atinge 7,55% e é o maior entre os nove conjuntos de produtos pesquisados.

Com um aumento médio de 6,27%, as carnes exerceram o maior peso sobre o índice dos alimentos. Em seguida vieram os óleos e gorduras (5,26%) e as frutas (3,71%).

Por outro lado, as hortaliças e verduras, em média, sofreram baixa (-9,74%), bem como os tubérculos, raízes e legumes (-4,36%). Individualmente, a maior baixa entre os itens pesquisados pelo IBGE foi na cebola (-18,18%).

Já a maior alta foi na laranja-pêra (12,93%). O grupo com o segundo maior aumento foi o de vestuário (1,47%), puxado pelos calçados e acessórios (2,22%) e roupas femininas (1,78%), principalmente.

Nacional

No IPCA-15 nacional de outubro, o grupo dos alimentos e bebidas registrou variação de 1,70%, ante 0,30% em setembro, segundo informou o IBGE. Os alimentos contribuíram, sozinhos, 63% do indicador.

Segundo o documento de divulgação da pesquisa, “carnes, frango, feijão e trigo, alimentos importantes no orçamento das famílias e em período de menor oferta, tiveram fortes altas no mês e foram os principais responsáveis pela aceleração do IPCA-15 de setembro para outubro”. Para definir o indicador, o IBGE coletou preços entre 14 de setembro e 13 de outubro e os comparou com os vigentes de 14 de agosto a 13 de setembro.