economia

IPC-S deve fechar dezembro em 0,40% e 2016 em 6,30%, projeta FGV

A aceleração do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na segunda quadrissemana, para 0,17%, após 0,15% na primeira, reforça a tendência do indicador para o mês gerada por uma sazonalidade desfavorável. A avaliação é do coordenador do IPC-S da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Por conta dessa percepção, ele mantém a projeção de 0,40% para o IPC-S de dezembro, após 0,17% em novembro. “As influências sazonais estão realmente aparecendo e o IPC-S deve caminhar para uma alta de 0,40%”, disse. No ano, caso a estimativa de 0,40% se confirme, o IPC-S deve fechar em 6,30%.

O grupo Alimentação é a principal prova do efeito da sazonalidade, conforme Picchetti. Este conjunto de preços, que no fechamento de novembro estava com deflação, desde o início do mês migrou para o campo positivo (0,09%) na primeira leitura e, na segunda quadrissemana (últimos 30 dias terminados na quinta), avançou para 0,17%. “Voltou a subir e deve continuar acelerando. Os preços que estavam caindo, recuaram menos. Já aqueles itens que já estavam subindo, avançaram mais”, explicou.

Na categoria dos que diminuíram a intensidade de queda de preços, o economista citou o segmento de hortaliças e legumes, que passou de -4,99% para -5,10% na segunda medição do mês. Dentre os itens que reduziram a velocidade de retração, ele mencionou como exemplo tomate, que passou de variação negativa de 19,50% para 14,03% na segunda quadrissemana. “Feijão e leite também entra nessa análise”, disse. O leite longa vida saiu de recuo de 6,99% na primeira leitura para declínio de 2,62%, enquanto feijão mulatinho passou de retração de 12,54% para baixa de 8,82%.

Já do lado das frutas, a banana prata ficou 14,10% mais cara, depois de elevação de 6,27% na primeira leitura. “Neste caso, não se trata de sazonalidade. São influências de curtíssimo prazo”, afirmou.

O grupo Vestuário, que abandonou o terreno negativo na primeira quadrissemana, quando caiu 0,13%, para alta de 0,28% na segunda leitura, também reage à sazonalidade, disse. “Parece que vai continuar subindo, apesar da sinalização de que neste ano o Natal será fraco”, considerou.

Já as passagens áreas apresentaram alta de 27,05% na segunda quadrissemana, na comparação com 21,46% na leitura passada. A elevação ajudou a empurrar o grupo Educação, Leitura e Recreação para 1,06%, depois de 0,86% na primeira leitura, conforme a FGV.

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