Investimento externo cairá para US$ 8 bilhões

São Paulo – A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) vai revisar a sua previsão sobre Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no País em agosto. A estimativa deve ser reduzida de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões, adiantou o presidente da entidade, o economista Antonio Corrêa de Lacerda. “Esta é a realidade e lamentamos que os investimentos diretos estejam caindo, pois o País necessita de investimentos com capital bom, ou seja, aquele que aqui chega para investir nos meios de produção”, diz.

Corrêa de Lacerda disse que esta situação preocupa muito em relação ao futuro do País. “Há necessidade de recursos para investir em fábricas que geram mais exportações e, com isto, mais divisas para o desenvolvimento nacional.”

O economista observou que o déficit em conta corrente secou e que o País agora já chega a ter um pequeno superávit. “Por este lado, a queda dos investimentos estrangeiros diretos não é tão preocupante no curto prazo. Mas, temos que pensar nos médio e longo prazos, pois o País precisa exportar cada vez mais. E para isto necessita de investimentos”, explica Lacerda. Ele salientou que um levantamento da Sobeet e de outras entidades mostra que 65% das exportações nacionais são geradas por companhias transnacionais. “É ai que fica a preocupação, pois se estas empresas não investirem, vamos acabar tendo um problema futuro na área de geração de divisas.”

No começo do ano, a Sobeet projetava um volume de investimentos diretos estrangeiros no Brasil ao redor de US$ 12 bilhões. Depois reduziu para US$ 10 bilhões. E agora está diminuindo ainda mais, para US$ 8 bilhões. Antonio Corrêa de Lacerda disse que, até o mês de julho, o IED no País chegou a US$ 4,2 bilhões. No ano passado, durante todo o ano de 2002, chegou a US$ 16,6 bilhões. O presidente da Sobeet disse que o governo deve buscar criar uma estratégia para trazer o Investimento Estrangeiro Direto para o País. “É o capital que interessa ao Brasil, pois gera empregos e divisas. As exportações foram geradas por transnacionais que investiram pesado aqui, capital produtivo. Vamos torcer para que a situação se inverta de novo”, concluiu.

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