Investidores espanhóis ampliam ofensiva no Brasil

O resultado do leilão de rodovias federais realizado na terça-feira pelo governo federal é um dos exemplos mais recentes da ofensiva de investimentos da Espanha no País. As empresas de origem espanhola OHL e Acciona levaram seis dos sete lotes ofertados, ou 2.278 quilômetros de um total de 2.600.

O vigoroso interesse dos espanhóis tem jogado um balde d?água fria nas estratégias de muitos investidores no Brasil, nacionais ou estrangeiros. Nos últimos meses, eles conseguiram abocanhar quase tudo que disputaram, num movimento que já vem sendo chamado de segunda onda de investimento espanhol no País. Com deságios de tarifas entre 39% e 65%, as companhias não deram chance para mais ninguém e esbanjaram competitividade.

O mesmo pôde ser verificado no leilão de linhas de transmissão promovido em dezembro de 2006. As espanholas Abengoa e Isolux ficaram com quatro dos seis trechos oferecidos, em lances com deságio de até 59%. Um investidor que participou da disputa afirmou que não dá para competir com propostas de valores tão baixos. E os espanhóis estão longe de recuar. Na semana passada, o Santander fez parte da maior negociação da história do setor financeiro ao comprar o holandês ABN Amro. A negociação dará ao banco espanhol o terceiro lugar no ranking dos maiores bancos do Brasil.

Hoje, os investimentos espanhóis estão espalhados por vários setores da economia. No turismo, por exemplo, eles dominam o boom imobiliário no Nordeste, com cifras invejáveis.

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