Inflação em Curitiba avança 0,38%

A inflação em Curitiba registrou em maio alta de 0,38%, puxada especialmente pelo grupo Vestuário, que aumentou 4,61%. Em contrapartida, o grupo Transporte e Comunicação exerceu a maior influência negativa, com queda de 0,43%. Com o resultado de maio, a inflação acumulada no ano aumentou de 2,74% e, nos últimos 12 meses, alta de 7,71%. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para famílias que recebem de um a 40 salários mínimos, divulgado ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O resultado de maio ficou abaixo do índice de abril (1,14%) e de maio do ano passado (1,09%). Além disso, é o segundo menor resultado do mês desde que a pesquisa começou a ser feita, em 99, atrás apenas de maio de 2000, quando a inflação ficou em 0,31%.

Dos sete grupos que compõem o índice, quatro apresentaram alta no mês e três queda. O Vestuário, com aumento de 4,61%, foi o que registrou a maior variação positiva, por conta da blusa feminina (aumento de 17,54%), calça comprida feminina (6,31%), sapato feminino (7,39%), camiseta masculina (14,04%), camisa masculina (4,84%) e calça comprida masculina (4,02%).

O grupo Alimentos e Bebidas registrou alta de 0,99%. Entre os itens que mais subiram, destaque para o pão francês (6,13%) – item de maior influência positiva em todo o índice -, tomate (29,06%), leite pasteurizado (2,77%) e batata-inglesa (14,40%). Já o arroz apresentou queda de 4,02% e o açúcar refinado, de 3,57%.

Outros grupos que também apresentaram elevação no mês foram Habitação (0,40%) – com destaque para o condomínio, que subiu 1,62% – e Artigos de Residência (0,39%).

Queda

Já os grupos que apresentaram deflação em maio foram Transporte e Comunicação (-0,43%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,93%) e Despesas Pessoais (-0,05%). No grupo Transporte e Comunicação, a principal contribuição negativa foi a redução de 13,03% no preço do álcool combustível – item que exerceu maior influência sobre a inflação do mês. De acordo com a coordenadora do projeto IPC, Maria Luiza de Castro Veloso, a queda pode ser atribuída ao período de safra da cana-de-açúcar. Outros itens que registraram redução foram tarifa de ônibus urbano (-1,63%) – por conta da tarifa domingueira – e passagem de avião (-6,56%), com as tarifas promocionais. Na outra ponta, pressionaram positivamente o grupo o automóvel de passeio e utilitário usado, que aumentou 1%, e automóvel de passeio nacional zero, que subiu 1,41%.

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais, houve queda no preço dos planos de saúde (-4,14%), antiinflamatório (-3,40%) e antiinfeccioso e antibiótico (-2,58%). De acordo com o economista Gino Schlesinger, um dos planos de saúde pesquisados pelo Ipardes fez uma promoção em maio, o que trouxe impacto ao índice.

Junho

Para o mês de junho, segundo Gino Schlesinger, a expectativa é que a inflação fique entre 0,50% e 0,60%. O impacto de alta deve vir sobretudo dos planos de saúde, que tiveram a autorização de reajuste pelo governo federal. Por outro lado, o aumento no grupo Vestuário tende a ser menor em junho. ?O resultado vai depender também do grupo Alimentos e Bebidas?, apontou. Em junho do ano passado, a inflação foi de 1,27%.

Outro item que deve pesar no bolso do consumidor, mas apenas em julho, é a energia elétrica. O reajuste está previsto para o dia 24 de junho, mas a fatura só deve ser emitida 15 dias depois, lembrou o economista do Ipardes.

O IPC é divulgado mensalmente e está disponível no site www.ipardes.gov.br. para o período de referência, foram coletados aproximadamente 80 mil preços de 399 produtos e serviços.

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